Valor Econômico – A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que as obras já iniciadas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estão preservadas de contingenciamento e bloqueio de recursos. A declaração foi dada na manhã de quinta-feira (18) em entrevista ao vivo para a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), antes da reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO). Tebet também comentou o cenário fiscal para o ano que vem e afirmou que alcançar a meta de zerar o déficit primário é uma “ginástica” difícil.
Ao avaliar a perspectiva para o PAC, a ministra afirmou que eventuais retenções afetarão apenas obras que ainda não foram iniciadas. Ela disse ainda que as obras ligadas à integração regional “não vão impactar [o quadro] fiscal, não vão criar dívida para o país, porque já estão todas previstas” no orçamento do programa. Obras na área de saúde e educação também serão preservadas.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Segundo a ministra, “o grande exercício [do Ministério do Planejamento e Orçamento] é equilibrar” responsabilidades fiscal e social, “não gastar demais ou de menos”.
“Essa é determinação” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse. De acordo com a ministra, “quem paga o preço [do desequilíbrio fiscal] são as pessoas que mais precisam”.
Sobre o quadro fiscal, Tebet destacou que o governo terá que cortar gastos, “mas naquilo que está sobrando: fraudes, erros”. A referência é ao pente-fino que o governo planeja para o Orçamento de 2025.
Tebet disse, por exemplo, que por causa do mercado de trabalho aquecido “muita gente que precisava do Bolsa Família não precisa mais, está empregado”. Com a revisão dessas fraudes e desses erros, o governo federal conseguiu economizar R$ 12 bilhões, segundo ela.
A ministra ainda garantiu que o governo federal “não vai acabar com” o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que “é uma política sagrada”. Apesar das medidas de ajuste, reconheceu o desafio para zerar o déficit em 2025. “É uma ginástica um pouco difícil. É uma conta matemática que parece ser simples, mas não é.”
Seja o primeiro a comentar