Folha de S. Paulo – Marcelo Spinelli entrou na disputa pela sucessão no comando da Vale. Vice-presidente executivo de soluções de minério de ferro, ele responde por 90% do resultado da mineradora atualmente.
Seu nome é visto como uma saída diante do impasse que se tornou o processo de sucessão, conduzido por uma empresa de recrutamento.
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Há 22 anos na Vale, Spinelli tem perfil técnico e é apontado por assessores do Planalto como o preferido pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Para o presidente Lula, é fundamental que o futuro presidente da Vale tenha interlocução com o governo. Ele queria indicar Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, mas desistiu desse movimento, interpretado pelo mercado como intervenção federal.
Nos bastidores, há diversos grupos no governo tentando emplacar indicados. O presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, estão na disputa.
A Previ, o bilionário fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, é o maior acionista, com 8,7% de participação, e funciona como principal articulador pelo governo.
RESISTÊNCIA
“Já disse e repito com todas as letras que sou contra qualquer candidato ligado ao governo para a Vale e que não atuo nessa questão da sucessão da companhia”, disse o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) ao Painel S.A..
Silveira nega interesse na sucessão, mas tem a missão dada pelo presidente Lula de forçar a mineradora a arcar com cerca de R$ 100 bilhões em indenizações pelo rompimento da barragem de Mariana (MG).
“A atual direção da Vale está acéfala e tem empurrado o acordo de Mariana com a barriga.”
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