Mobilidade Estadão – Pela primeira vez na história, São Paulo possui três tatuzões em operação, máquinas que levam o nome do mamífero pois são cilíndricas e sao capazes de cavar túneis embaixo da terra e em alta velocidade.
Duas das tuneladoras realizam trabalho pela Linha Uni e preparam o caminho para a futura Linha 6-Laranja. A terceira máquina está operando pelo Metrô, na expansão da Linha 2-Verde.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Você sabe onde se encontram os tatuzões e até onde eles devem ir? Se quiser saber mais sobre o tema, continue a leitura. Neste texto, vamos apresentar o trajeto que os tatuzões estão traçando e ajudar você a entender mais sobre as máquinas.
O caminho do tatuzão do Metrô
A expansão da Linha 2-Verde vai ligar a Estação Vila Prudente (última da via e que possui conexão com a Linha 15-Prata) com a Estação Penha, da Linha 3-Vermelha. Serão criadas oito novas estações e um pátio para trens, chamado de Complexo Rapadura, nesse percurso.
O tatuzão que está trabalhando pelo Metrô se chama “Cora Coralina”, em homenagem à poetisa brasileira. A máquina tem 100 metros de comprimento e uma roda de corte de 11,66 metros de diâmetro. Além disso, o tatuzão também possui uma estrutura para movê-lo e outra para instalar anéis de concreto pelo caminho que passa.
O veículo já percorreu 1,6 km desde o início de sua operação. Cora Coralina começou seu trajeto no Complexo Rapadura e já passou pelo local onde serão as futuras estações Vila Formosa e Anália Franco.
“Atualmente, o tatuzão está em Anália Franco, nos preparativos para retomar a escavação em direção à Estação Santa Clara, parando antes no Poço Cestari. O último destino desta etapa é o Poço Falchi Gianini – que fica pouco antes da Estação Vila Prudente”, afirma o Metrô em nota para o Mobilidade.
Depois de concluir esse trajeto, a tuneladora será desmontada e transportada até o canteiro de obras da Estação Penha. Por fim, no local, o tatuzão deve entrar em ação, cavando seu caminho até o Complexo Rapadura e finalizando os túneis da expansão.
De acordo com o Metrô: “A meta é concluir a primeira etapa, de Vila Prudente a Vila Formosa, até 2026, enquanto o segundo trecho, de Vila Formosa a Penha, está previsto para 2027”.
Os tatuzões da Linha Uni
A Linha Uni, por outro lado, possui dois tatuzões em suas obras. Em primeiro lugar, listamos o veículo que trabalha no norte, o único que não possui nome próprio. A máquina tem 109 metros de comprimento e diâmetro de 10,6 metros.
O início da jornada da máquina ocorreu na Estação Freguesia do Ó, em novembro de 2022. Atualmente, o equipamento está ao norte do Poço de Ventilação e Saída de Emergência Felipe Mendes, uma estrutura entre as estações Itaberaba – Hospital Vila Penteado e Maristela.
De acordo com a empresa, atualmente o tatuzão “está passando por seu processo de manutenção, uma atividade normal para continuar seu próximo percurso em direção à Estação Maristela”.
Por outro lado, a tuneladora que opera ao sul foi batizada de “Maria Leopoldina”, em homenagem à imperatriz brasileira. Neste momento, a máquina se aproxima da futura Estação Higienópolis-Mackenzie.
O início de sua jornada ocorreu na Estação Santa Marina, em dezembro de 2021. Esse veículo também possui 109 metros de comprimento e diâmetro de 10,6 metros.
No total, as duas máquinas já percorreram 9,5 km. Por fim, o Mobilidade Estadão questionou a Linha Uni sobre a previsão para o término das escavações, mas a empresa preferiu não fixar uma data para a finalização das obras.
Seja o primeiro a comentar