A demolição de parte dos 13 dos 15 imóveis e casarões
antigos da ‘Ilha da Banana’, no Centro de Cuiabá, perto da Igreja do Rosário e
São Benedito, teve início na manhã deste domingo (11). A derrubada desses
prédios faz parte do projeto de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos
(VLT), cuja obra está parada desde dezembro de 2014. Também deve ser construída
uma praça no local.
Atualmente a Ilha da Banana é ocupada por moradores de rua e
usuários de droga. O governo informou que vai dar assistência a esse grupo e
encaminhar para casas de abrigo. Os 50 moradores em situação de rua, que
habitavam o local, foram deslocados para um dos imóveis do complexo e ao longo
de um mês serão encaminhados por assistentes sociais da prefeitura a abrigos e
comunidades terapêuticas.
Todo o trabalho de demolição será feito manualmente com
marretas e retroescavadeiras em um prazo de 30 dias.
O uso de explosivos foi descartado para não prejudicar a
estrutura de imóveis que ficam na região da obra. Depois de demolido, o local
deverá se chamar Largo do Rosário. A demolição chegou a ser adiada após
recomendação do MPF.
O serviço de demolição da Ilha da Banana e recolhimento dos
entulhos ficará a cargo da empresa cuiabana Material Forte Incorporadora Ldta,
vencedora do pregão eletrônico realizado pela Secretaria de Estado de Gestão
(Seges-MT) em março deste ano.
A construtora saiu vitoriosa do certame que prevê a
derrubada, total ou parcial, de até 199 imóveis ao longo das linhas do VLT e de
obras de mobilidade urbana, idealizadas para Copa de 2014. O custo das
operações é de R$ 4,02 milhões. Entre os itens previstos para demolição, estão:
área coberta, muretas, muros, piso de concreto e edificações.
Duas casas que se encontram nas imediações da Igreja do
Rosário e São Benedito devem ser preservadas, segundo o governo do estado,
porque a desapropriação dos moradores ainda está sendo discutida judicialmente.
Conforme o estado, até o momento, as desapropriações dos
imóveis localizados na ‘Ilha da Banana’ custaram R$ 6,35 milhões.
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