Volume de carga nos portos do país encolheu 1% em 2016, aponta Antaq


A movimentação de cargas nos portos brasileiros em 2016 atingiu 998 milhões de toneladas, número que representa queda de 1% ante o desempenho do setor em 2015, informou ontem a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para divulgar um balanço do setor portuário.


Entre as principais mercadorias transportadas no modal aquaviário no ano passado foi registrada queda na maioria dos produtos na comparação com 2015. A movimentação de combustíveis diminuiu 3,8% e a de produtos siderúrgicos, 5,7%. Também tiveram redução o transporte de carnes (-4%), soja (-3,2%) e milho (-37,5%), este último afetado por problemas de safra. Desempenho positivo ocorreu apenas na movimentação de minério de ferro, que teve alta de 3,1% em 2016 na comparação com o total transportado no ano anterior, e de açúcar, cuja elevação atingiu 9,2%.


Na abertura do evento, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, e os diretores da Antaq tentaram transmitir otimismo a empresários do setor. Além de falar da recessão, Quintella ponderou que 2016 foi um ano de “arrumação” e orçamento baixo para sua pasta. Ele destacou que os recursos para o setor portuário em 2017 praticamente dobraram em relação aos R$ 580 milhões disponíveis em 2016. “Temos um orçamento maior para investimentos em infraestrutura em todos os modais, e o setor portuário vai se aproveitar da recuperação econômica, embora o crescimento do PIB para este ano deva ser muito tímido”, avaliou o ministro dos Transportes.


Ele também comentou sobre os leilões de concessão dos aeroportos federais de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre, agendados para 16 de março. Quintela declarou que sua expectativa “é a melhor possível” e projetou arrecadação de R$ 3 bilhões com outorga e investimentos ao longo da concessão com a negociação dos quatro aeroportos.


Sem revelar nomes de concorrentes nos leilões do mês que vem, o ministro acrescentou que o governo tem recebido demonstração de interesse “de players ao redor do mundo e também de empresas nacionais.” Segundo ele, havia demanda para criação de mecanismo para proteger os investimentos de volatilidade cambial, “agora isso está encaminhado, temos um instrumento desenhado em consulta pública.”

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