Os resultados operacionais da Suzano Papel e Celulose no
terceiro trimestre devem ser pressionados por volumes inferiores e preços mais
baixos da celulose, mas a companhia deve anunciar resultado final positivo,
revertendo o prejuízo de R$ 959 milhões apurado um ano antes, de acordo com as
estimativas de cinco instituições financeiras compiladas pelo Valor. A
companhia divulga os resultados amanhã, antes da abertura do mercado.
Para a última linha do balanço, a previsão média é de lucro
líquido de R$ 106,4 milhões, calculada a partir de estimativas que variaram de
R$ 41 milhões a R$ 190 milhões. Foram consideradas as projeções de Itaú BBA,
Morgan Stanley, Santander, BTG Pactual e Ágora Corretora.
Em relatório, os analistas Marcos Assumpção, Daniel Sasson e
Carlos Eduardo Schmidt, do Itaú BBA, escreveram que os resultados no trimestre
serão fracos diante do novo recuo nos preços da celulose em reais e de vendas
inferiores.
“Para a divisão de celulose, projetamos volumes de 774
mil toneladas, com queda de 15% em base trimestral, devido ao impacto negativo
do reinício de operação da fábrica de Imperatriz [após parada para manutenção
no segundo trimestre] mais lento do que o usual e de problemas operacionais no
carregamento de matéria-prima em navios no Portocel no fim do trimestre”,
afirmaram. Na linha de custo caixa, a expectativa é de ligeiro declínio frente
ao trimestre imediatamente anterior na esteira de iniciativas de redução de
custos.
Em relatório recente, os analistas Lucas Ferreira, Rodolfo
Angele e Mandeep Singh Manihani, do J.P.Morgan, apontaram que os números no
trimestre podem decepcionar, na esteira de uma série de eventos não
recorrentes, entre outros a perda de produção de 30 mil toneladas e retorno à
operação mais demorado do que o usual na fábrica de Imperatriz (MA).
Na divisão de papéis, escreveram os analistas do Itaú BBA, é
improvável que os números tragam surpresas significativas para o período de
julho a setembro.
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