Passageiros descem em trilho no Rio após fumaça

Um trem que saiu da estação Central do Brasil, no centro do Rio, em direção a Gramacho, na Baixada Fluminense, teve problemas logo depois de deixar a estação na noite desta terça-feira. Passageiros relataram à Folha que ouviram estouros e viram fumaça entrar nos carros.

A secretária Mônica Cristina da Silva, 45, pegou o trem na Central do Brasil por volta das 20 horas. De acordo com ela, o vagão onde ela viajava teve um estouro durante a viagem até a estação de São Cristóvão. Em seguida, a composição parou com as portas fechadas e, na sequencia, novos estouros foram ouvidos.

Os passageiros começaram a gritar por informações, mas não receberam informações. As portas foram abertas e uma fumaça começou a entrar no vagão. Nesse momento, Mônica conta que as pessoas ficaram apavoradas e resolveram saltar do trem.

A gente ficou desesperado, com medo e todo mundo começou a sair, conta. A confusão, segundo ela, durou cerca de 15 minutos.

Os passageiros andaram pelos trilhos para retornar à estação Central Brasil. Mônica disse que os agentes da Supervia (concessionária que administra a via férrea) não prestaram auxílio na descida e nem forneceram informações. Entre os passageiros haviam diversas crianças e idosos.

A Supervia informou que o problema ocorreu devido a uma queda de energia e negou que os agentes não auxiliaram as pessoas na descida dos vagões. De acordo com a empresa, os ramais estão irregulares por causa da forte chuva que atinge a cidade desde o fim da tarde.

RF – Leia na íntegra a nota emitida pela SuperVia logo após o problema:

“Por volta das 20h, devido ao registro de nova queda de energia nas proximidades da Central do Brasil, um trem que partiu da Central do Brasil para Gramacho (ramal Saracuruna) teve sua viagem interrompida quando estava a 800 metros da plataforma. Os passageiros foram orientados a desembarcar na via, com auxílio dos agentes, e seguem até a plataforma da Central do Brasil. Devido as fortes chuvas que atingem o Rio de Janeiro nesta noite, os ramais registram intervalos irregulares.”