Nova sinalização quase pronta na EFVM

Até outubro deste ano – dentro do prazo previsto em maio de 2008, quando o projeto começou – a EF Vitória a Minas deve concluir a reforma da sinalização ao longo de todos os 570 km de sua linha tronco, mais um trecho do ramal de Itabira. A obra permitirá à ferrovia atingir uma capacidade teórica (ou seja, excluido o tempo em terminais) de 8,2 trens por hora e por sentido, ou 196 trens por dia e por sentido, praticando uma distäncia mínima de 8 km entre trens. Na prática, a EFVM faz 36 trens por dia, por sentido. É tráfego suficiente para atender a demanda, que esta crescendo rapidamente. A informação foi divulgada durante o II Encontro de Ferrovias promovido pela ANTF e que se encerrou ontem, dia 29 de abril, em Vitória (ES).


A demanda na Vitória a Minas vem aumentando nos últimos cinco anos devido a uma série de fatores. A abertura de novas minas, a construção de um quinto virador de vagões em Tubarão, a ampliação do pátio no porto do mesmo nome, a adoção da tração distribuída (segundo a GE, o Brasil é hoje o segundo país do mundo em uso de tração distribuída, com 700 unidades em operação) e a construção da terceira linha em Ipatinga, Drummond e na entrada de Tubarão.


Em consequência, a Vale começou a estudar, já em 2004, a modernização do sistema existente, com mais de 30 anos de uso, baseado em relés, de fabricaçao japonesa. Contratou uma consultora inglesa, a Advanced Railway Technologies, e dois anos depois decidiu não usar o sistema mais moderno de todos, de bloco móvel, considerado muito caro e de uso pouco provado, mas uma tecnologia intermediária, o Track Circuit Block, ou Circuito de Via Eletrônico Micro-Processado. Este substitui o circuito de via convencional por comandos eletrônicos transmitidos através dos próprios trilhos. O sistema elimina os cabos de via – que já estavam com o tempo de validade vencido há cinco anos – e tem as vantagens adicionais de permitir o uso de no-break e de transmitir outros sinais além dos comandos do CCO.


O sistema esta sendo fornecido pela GE e o projeto terá um custo total de R$ 100 milhões, considerado barato para o aumento de tráfego que vai proporcionar.

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