VLT campineiro enferruja em Rio Claro

O Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT, que circulou em Campinas entre 1990 e 1995 e representou o maior fracasso na tentativa de dotar a cidade de um sistema alternativo de transporte, está virando sucata no pátio ferroviário de Rio Claro (a 87 quilômetros do município de origem). Pichado, vidros quebrados, lataria amassada, sinais de incêndio no interior de alguns dos carros, o VLT é testemunha de como o governo conseguiu jogar, literalmente no lixo, US$ 120 milhões, gastos nos trilhos e nas estações, algumas das quais nunca chegaram a funcionar.


Essa situação mostra o absurdo dos projetos iniciados para render votos, sem qualquer estudo de viabilidade. Muito dinheiro foi jogado fora, o VLT foi desativado e nada ocorreu. Temos agora um patrimônio virando lixo, quando poderia ser recuperado. Se não há como trafegar em Campinas, que entre uso em São Paulo, Rio de Janeiro, afirmou o consultor em transportes, José Roberto de Alencar, que acompanhou a implantação do VLT na cidade.


Três composições duplas estão em Rio Claro e cada uma delas ainda traz afixado no vidro da cabine os destinos: a primeira, com destino ao bairro Campos Elíseos; a segunda para a Vila Teixeira e a terceira para a Vila Pompéia. Estão paradas uma atrás da outra, formando uma fila de cabines e carros de cerca de cem metros e abrigadas dentro de um dos muitos galpões utilizados pela concessionária de ferrovias América Latina Logística (ALL), em Rio Claro.


O VLT estava sob a custódia da extinta Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), como ocorreu com vagões, locomotivas, trilhos, carros que não integraram o programa de concessão ferroviária e acabaram abandonados ao longo das ferrovias. Com a extinção da RFFSA, os bens passaram para a esfera patrimonial do Departamento Nacional de Infra-Estrutura dos Transportes (DNIT) que tem a guarda atual. Mas o VLT está guardado no pátio da ALL, em Rio Claro. A concessionária informou, no entanto, que apenas cedeu o espaço para o DNIT guardar os materiais. Antes de ir para Rio Claro, o VLT fabricado pela Cobrasma, estava no pátio em Jundiaí, para onde foi em maio de 1997.


O DNIT ainda não sabe o que fará com todo o material herdado da RFFSA. Por enquanto, o VLT é um veículo sem dono. A Rede Ferroviária foi extinta, a lei transferindo o patrimônio ainda não foi regulamentada, o que significa que o DNIT não recebeu oficialmente trens, vagões, prédios das ferrovias desativadas. O departamento informou, por meio da assessoria de imprensa, que ainda não foi feita a inventário e só depois disso é que será feito um plano de destinação do material.


O sistema foi inaugurado oficialmente em três oportunidades, rendeu votos a Luiz Antonio Fleury Filho (na época PMDB, hoje PTB) nas eleições de 1990, mas não ofereceu a planejada alternativa para os 600 mil usuários/dia dos ônibus urbanos. Inaugurado no final de 1990, só começou a operar comercialmente em abril de 1993. Apesar de ter sido construído com verbas estaduais, o VLT foi operado pelo município até agosto de 1993, quando a Prefeitura desistiu oficialmente do empreendimento e passou a concessão à Fepasa. Em 1995, foi desativado.


Mais conhecido pela denúncia de irregularidades na contratação da obra (superfaturamento e licitação viciada) que pelos benefícios que trouxe à população, o VLT nasceu da tentativa do ex-governador Orestes Quércia (PMDB) de cooptar o prefeito Jacó Bittar, então recém-saído do PT. O projeto esbarrou em dificuldades técnicas que as seguidas liberações de recursos não conseguiram contornar.


Urbanista defende retomada do sistema


Embora tenha sido um fracasso em função da falta de planejamento, cidades grandes, como Campinas não terão como fugir, em médio prazo, da implantação de metrô de superfície, defende o urbanista Cândido Malta Campos Filho. Sem isso, as cidades não terão como interromper o esvaziamento de seus centros ou oferecer um sistema de transporte coletivo que resolva os problemas d

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Fonte: Cosmo Online (SP)

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