O número de passageiros que utiliza diariamente o modal metroviário de Belo Horizonte aumentou 35% nos últimos dois anos, passando de 107 mil usuários para 145 mil por dia. Segundo o coordenador de Obras da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Edson Amorim de Paula, até o final do próximo ano cerca de 200 mil pessoas utilizarão esse tipo de transporte. O incremento é o reflexo de melhorias na estrutura das estações e da ampliação na integração com o sistema de transporte rodoviário municipal, que responde por 53% dos usuários do metrô.
De acordo com dados da Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte S/A (BHTrans), de janeiro a julho deste ano, o transporte coletivo da Capital transportaram 243,3 milhões de pessoas. Em todo o ano passado, 422,3 milhões utilizaram o modal. Porém, a média mensal vem apresentando queda, já que em 2005 era de 34,4 milhões de passageiros, passando para 35,1 milhões no ano passado e, neste ano, contabiliza uma média de 34,7 milhões. “A expectativa é de que todos os usuários do metrô partam da integração com ônibus”, disse Amorim de Paula.
O grande atrativo da integração é a tarifa única, segundo ele. Com a inauguração da Estação Vilarinho, na região de Venda Nova, o incremento esperado no fluxo de usuários diário deverá chegar a 20 mil passageiros. “Até o final do ano, o volume será da ordem de 160 mil passageiros”, afirmou Amorim de Paula.
Edital – Nesta semana, a CBTU vai lançar o edital de licitação para obras no pátio da estação Vilarinho, que visam diminuir o intervalo entre os trens. “Com isso, as partidas ficarão programadas com a demanda de passageiros”, disse. As obras estão orçadas em R$ 4,5 milhões, que serão retirados do montante de R$ 19 milhões disponibilizado em recursos do Programa de Acelaração do Crescimento (PAC), do governo federal, para a Linha 1 do metrô, única em atividade na Capital.
A situação da implementação de mais duas linhas no metrô belo-horizontino vive um empasse jurídico que poderá ampliar ainda mais a “novela” que vive o setor, que há cerca de três décadas não evoluiu. Um contrato firmado há 22 anos com a Construtora Mendes Júnior para a implantação da Linha 2 do metrô está provocando impedimento na licitação para a construção de uma passagem inferior, lançada em maio deste ano.
“O entrave permacerá por tempo indefinido, já que a empreiteira exige que as obras sejam executadas no contrato antigo, que consumirá R$ 9,3 milhões, 32% acima do valor previsto na licitação, de R$ 6,9 milhões”, explicou Amorim de Paula.
As obras do metrô de Belo Horizonte serão feitas com recursos da ordem de R$ 186,3 milhões do PAC.
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