A ALL (América Latina Logística), que administra a malha ferroviária de Mato Grosso do Sul, informou hoje por meio de nota que vai cumprir a decisão judicial do Tribunal do Trabalho de Bauru (SP) que determinou a suspensão do sistema de monocondução. Pelo sistema apenas um maquinista opera a composição de trem. O veto ao sistema favorece o Sindicato das Empresas Ferroviárias de Bauru, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul contra a ALL e a Ferrovia Novoeste.
O sindicato acionou a Justiça trabalhista por entender que a monocondução é um risco à segurança na malha viária. Para a ALL, que vai recorrer da decisão, a monocondução não oferece risco ao maquinista ou à integridade das composições porque foi implantada após estudos em tecnologia de segurança. Segundo a empresa, os trens contam com computador de bordo em todas as locomotivas, sistema que favorece o controle e precisão da velocidade das composições, além de cumprir restrições de via. É por meio do equipamento que a empresa promove auditorias e estabelece contato entre maquinista e Centro de Controle de Operações.
De acordo com a empresa 2002, o equipamento contribuiu para reduzir de 87 ocorrências para cada milhão de quilômetro percorrido pelo trem para apenas 13 no último ano na chamada malha sul. Na malha da antiga Brasil Ferrovias, a redução foi de 170 para 114 acidentes para cada milhão de quilômetro percorrido.
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Em dezembro de 2006, os trabalhadores chegaram cruzar os braços por 72 horas em protesto pela monocundução. Caso as duas empresas descumpram a decisão devem pagar multa diária de R$ 1 mil.
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