A Vale não deverá recorrer administrativamente da decisão da ANTT a respeito da determinação de venda de parte de suas ações ordinárias na MRS. A informação é do presidente da companhia, Roger Agnelli, para quem a resolução “está muito em linha com o que a empresa vem conversando com a Agência há dois anos no sentido de equacionar a nossa permanência no capital da MRS”. Agnelli participou nesta quinta-feira (dia 13) da assinatura de um convênio da Fundação Vale do Rio Doce com o Instituto Criar, do apresentador Luciano Huck, para inserção social de jovens.
Entre as alternativas oferecidas pela Agência para a Vale adequar a sua participação acionária na MRS às normas do edital de concessão das ferrovias (que veda uma participação no controle acionário superior a 20%), a opção da mineradora deverá ser pela “esterilização” do direito de voto referente ao percentual excedente; neste caso, esse percentual seria retirado do acordo de acionistas, perdendo os direitos de voto e de veto.
“A esterilização é uma opção que a gente vem negociando com os outros acionistas da MRS, com a ANTT. Sempre firmamos a posição de que era importante ter uma posição no capital acionário de acordo com a nossa participação como clientes da MRS”, disse ele, referindo-se ao fato de a Vale responder por 80% do volume de receitas da MRS. Agnelli ponderou ainda que a resolução da ANTT está em linha com parecer emitido pelo Cade no julgamento de agosto de 2005. “Todos entenderam que a Vale não deveria e nem precisaria sair da MRS. Trata-se de uma decisão extrordinariamente madura por parte da ANTT. A questão agora é virar a página e trabalhar.”
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