A ALL pretende investir R$ 250 milhões no próximo ano — para 2005 estavam previstos R$ 180 milhões. Da parte dos clientes virão mais R$ 200 milhões para a aquisição de novos vagões e construção de terminais. “Um recorde”, afirmou Bernardo Hees, presidente da companhia durante apresentação no seminário Nt2005/Encontrem, que começou hoje (terça-feira, dia 18) na Fecomércio, em São Paulo. “Vamos adquirir em parceria com os clientes mil vagões por ano e compraremos 40 locomotivas por ano”, informou.
Hees confirmou uma série de investimentos em tecnologia para recuperação e aprimoramento dos sistemas de segurança na via, como a instalação de 200 detectores de descarrilamento e melhorias na cerca eletrônica, além da compra de 10 mil toneladas de trilhos por ano. A ALL também deu início aos testes do protótipo da locomotiva de oito eixos, que de acordo com o executivo, poderá aumentar em até 50% a capacidade de tração da máquina.
Até 2009, a MRS deve investir R$ 2,5 bilhões, afirmou Julio Fontana Neto, presidente da operadora. A estratégia da companhia é colocar cerca de 50 pares de trens circulando diariamente em alguns trechos. “Nossa meta é crescer e atender o mercado com economia e segurança”, disse. Os planos da operadora fazem parte do projeto MRS 2008, que tem por objetivo atingir um volume de transporte de 230 milhões de toneladas no ano de 2010.
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Com relação ao resultado da licitação para a compra do novo sistema de sinalização e telecomunicações, Fontana afirmou que o nome da empresa deverá ser divulgado até o final deste mês de outubro. Participam da tomada de preços Alstom, Bombardier, Siemens e GE.
O programa de reestruturação financeira da Brasil Ferrovias (que, com a cisão, hoje é composta apenas pela malha de bitola larga) desde a reestruturação prevê investimentos da ordem de R$ 223 milhões, sendo 54% em via permanente. “Os investimentos serão concentrados na recuperação da Ferroban”, informou Elias Nigri, presidente da Brasil Ferrovias. A Novoeste Brasil vai receber nos próximos cinco anos investimentos da ordem de R$ 391 milhões. “Em 2010, a Brasil Ferrovias deve alcançar o volume de transporte de 22,8 milhões de toneladas. Para a Novoeste Brasil temos a projeção de alcançar 9,9 milhões de toneladas.”
“Em 2006, a CFN terá o primeiro resultado operacional positivo de sua história”, afirmou Jayme Nicolato, presidente da companhia. A operadora prevê para o próximo ano uma receita de R$ 100 milhões. De acordo com o executivo, os indicadores comerciais refletem o modelo de gestão adotado pela companhia e a busca de novos clientes.
A FTC vai investir R$ 8,15 milhões em 2006 — representando um crescimento de 76% em relação ao investimento realizado em 2004 (R$ 6,39 milhões). O diretor de Operações da FTC, Luis Mário Novochadlo, afirmou ter boas expectativas para o aumento do transporte de carvão. “No final de 2006, devemos iniciar o transporte de 120 mil toneladas de carvão para a Carbonífera Rio Deserto.” No transporte de cerâmica, a operadora pretende movimentar 5 mil toneladas/mês a partir do próximo ano.
As ferrovias operadas pela CVRD cresceram 24% no período de 2001 a 2004. De acordo com Francisco Nuno, diretor de Planejamento de Transporte, a movimentação de carga geral cresceu 38%. “Agricultura e siderurgia são os segmentos mais representativos para a receita bruta de carga geral.” Em 2005, os investimentos da Vale em logística serão da ordem de R$ 2,113 bilhões. Na sua apresentação, o diretor não informou os planos de negócios da Vale para 2006.
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