A Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos realizou nesta segunda-feira, em Campinas (95 km de São Paulo), a primeira sessão pública para apresentar o estudo de viabilidade técnica, econômica e financeira para implantação do trem rápido que ligará Campinas a São Paulo.
A previsão é de que as obras sejam iniciadas em 2007 e os trens comecem a circular a partir de 2010.
O custo estimado para a implantação do projeto é de R$ 2,7 bilhões, sendo que R$ 2 bilhões são referentes a obras de infra-estrutura, como desapropriações, construção de vias, viadutos, pontes, passagens e túneis. Já os 99 trens (ou 33 composições) devem custar R$ 700 milhões.
O estudo de viabilidade da obra custou R$ 1 milhão. A verba foi doada pelo governo espanhol.
O estudo aponta que o projeto só será viável se o poder público assumir a infra-estrutura que é a parte mais cara do projeto (R$ 2 bilhões).
`A saída é amenizar o custo desse investimento com a chamada PPP [Parceria Público-Privadas]. O problema não é começar a obra. O problema agora é viabilizar esses recursos`, disse o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, que anunciou viagem para Madri, na Espanha, em novembro, na tentativa de viabilizar investimentos para o setor.
Pelo estudo, o trem percorrerá 93 quilômetros entre Campinas e São Paulo em cerca de 50 minutos, com uma parada em Jundiaí, e a tarifa cobrada seria de R$ 12,60. A velocidade máxima do trem seria de 160 km/h, e a média, de 110 km/h.
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O intervalo médio entre um trem e outro ficaria entre sete e dez minutos. O trem sairia do centro de Campinas até um terminal na Barra Funda, em São Paulo. A secretaria quer fazer outro estudo para avaliar a possibilidade de incluir paradas nos aeroportos de Viracopos e Cumbica.
O estudo sugere ainda que a compra dos trens ficaria sob responsabilidade da iniciativa privada, que também assumiria a operação por 30 anos. Segundo o documento, a taxa de retorno para o concessionário ficaria por volta de 15,5%. A demanda diária seria de 38,2 mil passageiros por dia.
Os trilhos seriam construídos –em alguns trechos– ao lado de trilhos já existentes, mas que hoje são utilizados para o transporte de cargas.
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