A Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) começará a construção da Ferrovia Transnordestina Miguel Arraes por quatro frentes de trabalho distintas, sendo três delas originadas em Pernambuco. A partir do segundo semestre de 2006, a empresa iniciará a obra de R$ 4,5 bilhões partindo do Porto de Suape, de Salgueiro e de Missão Velha (CE). No Sertão do Estado, porém, a ferrovia será dividida para atender dois destinos: um ao encontro do ramal de Suape, no Litoral Sul, e outro em direção a Eliseu Martins (PI). Na sexta-feira passada, o presidente Lula assinou, em Fortaleza (CE), um memorando de entendimento oficializando o apoio do Governo Federal ao empreendimento.
“Estamos retomando a concorrência para fazer os projetos básicos de alguns ramais. Entre as empreiteiras vencedoras, selecionaremos quem vai ficar com a obra. Estas também ganharão os projetos executivos”, frisou o diretor administrativo financeiro da CFN, Jorge Mello. Em até três meses, a companhia contratará as empresas que farão os projetos básicos dos ramais Suape – Salgueiro, Araripina – Eliseu Martins (PI) e Missão Velha (CE) – Pecém (CE).
De acordo com Mello, os projetos básicos levarão cerca de seis meses para ficarem prontos e custarão R$ 30 milhões. Ao mesmo tempo, a empresa tocará a realização dos planos executivos. A outra preocupação da gestora da Transnordestina é garantir a maior parcela de recursos públicos do empreendimento: R$ 2,05 bilhões financiados pelo Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). O diretor informou que, na última quinta-feira, o Governo Federal publicou um decreto “desamarrando” os recursos da Agência de Desenvolvimento do Nordeste (Adene).
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Ontem pela manhã o governador Jarbas Vasconcelos assinou, no Palácio do Campo das Princesas, as ordens de serviço para execução dos projetos executivos de três outros trechos da ferrovia. Com R$ 5 milhões do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), o Governo do Estado iniciará a confecção dos projetos Salgueiro – Parnamirim – Riacho Santa Rosa; Riacho Santa Rosa – Petrolina e Parnamirim – Araripina (Ramal do Gesso). “Os estudos têm dez meses para ficar prontos, mas esperamos terminá-los em seis meses”, destacou a secretária estadual de Desenvolvimento Urbano, Terezinha Nunes.
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