A FCA (Ferrovia Centro-Atlântica) acaba de implantar um serviço de monitoramento meteorológico para evitar problemas nas ocorrências ferroviárias por causa de imprevistos da natureza. O sistema, desenvolvido pela Gerência de Prevenção de Riscos e Segurança Empresarial da própria FCA, ajudará no planejamento das atividades da ferrovia, na adoção de medidas preventivas e na resposta rápida a problemas causados por variações climáticas como nevoeiros e deslizamentos de encostas após tempestades fortes.
O serviço, instalado no Centro de Controle Operacional (CCO) na sede da empresa em Belo Horizonte, é composto de um computador programado pelo Centro de Climatologia MG Tempo/Cemig/PUC Minas que monitora os fenômenos atmosféricos ao longo de quase toda a extensão da FCA. O gasto total para instalação do terminal de controle no CCO, estações meteorológicas e o serviço prestado pelo MG Tempo/Cemig/PUC Minas, chegará a R$ 2 milhões em cinco anos. Além do aparato tecnológico, seis técnicos do Centro de Climatologia se revezam para acompanhar a previsão durante 24 horas.
Quatro vezes por dia, o sistema expede relatórios com a previsão para os próximos cinco dias, monitorando temperatura, velocidade dos ventos, umidade do ar, chuvas, descargas atmosféricas, geadas e focos de incêndio. O alerta às áreas operacionais é feito com 72 horas de antecedência e confirmado com 24 horas, por computador e por telefone. As previsões com cinco dias de antecedência têm índice de acerto de 85%. Com 72 horas de antecedência, esse índice sobe para 93%.
Para fazer o alerta, foram criados níveis de intensidade de ocorrências meteorológicas. As de nível R1 são consideradas fracas, R2 moderadas, R3, fortes e R4 extremamente fortes. Um Procedimento de Rotina Operacional (PRO) sistematiza as medidas que devem ser tomadas em cada área.
Fonte: Folha de São Paulo
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