Após meses de negociação, a Companhia Vale do Rio Doce e a Companhia Docas do Rio de Janeiro assinaram termo aditivo ao contrato de arrendamento de área que possibilitará à Vale adaptar seu terminal de minério de ferro no porto de Sepetiba (RJ) para o escoamento de soja.
Desejo antigo da Vale, a possibilidade de exportar outros produtos já era prevista no contrato de arrendamento com a Docas do Rio. A implantação do Terminal de Grãos de Sepetiba movimentará investimentos estimados em R$ 100 milhões, que serão empregados em todo o sistema, incluindo a construção de uma estação de transbordo rodo-ferroviário em Rio Claro (RJ) e a implantação de um silo no terminal com capacidade estática de cerca de 100 mil toneladas, além de um sistema de correias transportadoras e dois tombadores de caminhão.
`Vínhamos estudando a possibilidade de abrir novos corredores de exportação, principalmente para a produção de soja do Centro-Oeste, que tem crescido muito`, disse Mauro Dias, diretor comercial da área de logística da Vale.
A empresa espera escoar aproximadamente 2 milhões de toneladas anuais já na primeira fase. Contudo, o diretor não acredita que as obras terminarão a tempo de atender à safra 2005/06, prevendo o embarque de grãos e farelo para o início de 2007.
Segundo Dias, a Vale tem como modelo os terminais de grãos em Tubarão (SC) e Ponta da Madeira (MA). No caso do terminal catarinense, cuja movimentação anual é de 5 milhões de toneladas de soja e farelo, a construção foi nos mesmos moldes do terminal em Sepetiba – dividindo a área com o terminal de minério de ferro. Com o aumento da demanda pelo transporte de grãos, o sistema evoluiu para um terminal dedicado exclusivamente à soja.
Ainda de acordo com o diretor, a Vale também está investindo no aumento da capacidade do terminal de minério de ferro.
Fonte: Valor Econômico
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