Cerca de 400 quilômetros do trecho Sul da Ferrovia Norte-Sul não devem sair do papel durante os próximos 20 anos. É o que recomenda um estudo feito pela CAF (Confederação Andina de Fomento) sobre a viabilidade econômica da ferrovia. O relatório da CAF, segundo a Folha Online apurou, considera que não há carga suficiente para viabilizar economicamente a construção do trecho entre Porangatu, em Goiás, e Porto Nacional/Palmas, em Tocantins, fazendo ligação com a parte Norte da ferrovia.
O governo, que contratou o estudo, trabalha para conceder à iniciativa privada a operação do trecho Norte da ferrovia, que vai de Porto Nacional (TO) a Açailândia (MA) ainda no primeiro semestre deste ano, já que para esse trecho foi comprovada a viabilidade econômica.
Nessa fase do processo de concessão, que envolverá 720 quilômetros, a principal carga deverá ser minério e grãos (soja), escoando a produção pelo porto de São Luís, no Maranhão, passando pela Estrada de Ferro Carajás, da Vale do Rio Doce.
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Na parte Sul, por enquanto, está nos planos da Valec (empresa ligada ao Ministério dos Transportes) que detém a concessão da ferrovia, apenas a ligação entre Anápolis (GO) e Santa Isabel (GO).
A justificativa para a construção desse trecho de 175 quilômetros, mesmo sem a viabilidade para a ligação com o trecho Norte da ferrovia, está na perspectiva de produção de cana-de-açúcar e de álcool na região. Neste caso, a produção seria escoada pela região Sudeste.
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