O senador Leomar Quintanilha (PCdoB-TO) afirmou, nesta segunda-feira (23), que a avaliação feita pela Corporação Andina de Fomento, segundo a qual a construção da ferrovia Norte-Sul seria `economicamente inviável`, está equivocada.
Para o parlamentar, trata-se de uma `obra estruturante para o Brasil`, não apenas porque modificará toda a logística do centro-norte do país, mas porque mudará a matriz de transporte nacional e dará destaque às regiões interioranas.
– Nossa matriz de transporte privilegia, há muito tempo, a modal rodoviária, que é a mais cara do mundo. Além disso, é preciso conferir competitividade às regiões interioranas, para que elas possam participar do processo de desenvolvimento do país – disse o senador.
A Corporação Andina de Fomento é uma instituição financeira multilateral, com sede em Caracas. É um órgão consultivo, que tem entre suas atribuições fazer estudos de viabilidade econômica de empreendimentos realizados no território de seus acionistas.
Segundo Quintanilha, a entidade identificou problemas em um determinado trecho da ferrovia e considerou isso razão suficiente para descartar todo o projeto.
– Nós precisamos considerar que a ferrovia Norte-Sul vai integrar importantes regiões do país. Ela vai viabilizar inúmeros projetos e aproveitar um potencial econômico enorme – afirmou, citando como exemplo as vantagens que a obra trará para o Tocantins, estado que Quintanilha representa no Senado.
Em aparte, o senador Edison Lobão (PFL-MA) declarou que a ferrovia Norte-Sul `já nasce sob o signo do desenvolvimento`, e que `é preciso cerrar fileiras para que seus inimigos não tenham êxito`.
Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO), por sua vez, observou que, quando se falou na construção de Brasília, muitos também disseram que a obra seria `economicamente inviável`. Augusto Botelho (PDT-PB) juntou-se aos colegas no protesto pela avaliação da Corporação Andina.
Fonte: Agência Online Senado
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