A Cia. Siderúrgica Nacional (CSN) anunciou ontem lucro líquido consolidado de R$ 2 bilhões em 2005, praticamente igual ao resultado no ano anterior. A receita líquida da companhia passou de R$ 9,79 bilhões para R$ 10,03 bilhões, uma evolução de pouco mais de 2%. Já os custos de produção e de serviços vendidos ficaram em R$ 5,4 bilhões. A geração de caixa da empresa, pelo conceito Lajida, atingiu R$ 4,6 bilhões, o segundo melhor resultado da história, obtido em 2004. A margem lajida caiu de 48,9% para 45,8%, principalmente por conta da queda de vendas no mercado interno, o que obrigou a empresa a destinar mais produto ao mercado externo.
No ano passado a empresa produziu 5,2 milhões de toneladas de aço bruto, uma queda de 6% em relação a 2004. Porém, as vendas de produtos subiram 2,6% no ano, para 4,9 milhões de toneladas. Do total vendido, 59% ficou no mercado interno; em 2004 essa proporção ficou em 70%, refletindo o fraco desempenho do mercado doméstico. Já a produção de laminados caiu de 4,9 milhões de toneladas para 4,8 milhões.
O endividamento líquido encerrou num nível de uma vez o Lajida, o mesmo apresentado no período anterior. O prazo médio de vencimento da dívida aumentou de 8,2 anos para 13,2 anos. A empresa informou ainda que fez investimentos de R$ 1 bilhão nas empresas do grupo, 14% a mais em relação ao ano anterior – a CSN ficou com R$ 700 milhões; MRS obteve R$ 130 milhões e a CFN, 48 milhões.
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A companhia propôs pagamento de dividendos de R$ 2,3 bilhões, o triplo da remuneração aos acionistas no ano anterior. Já foram adiantados R$ 937 milhões em fevereiro. O valor de mercado da empresa subiu de US$ 4,9 bilhões, em 2004, para US$ 5,5 bilhões.
Em relatório enviado ontem à noite à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a CSN afirma que vai sustentar sua estratégia de crescimento em quatro setores: mineração, siderurgia, logística e cimento. Em mineração, a empresa, que é auto-suficiente em minério de ferro, com a exploração da mina de Casa de Pedra, vislumbra chegar à produção de 53 milhões de toneladas em meados de 2010. Com isso, prevê adicionar US$ 1 bilhão em receita por ano com esse negócio.
Em aço, a companhia informa ter dois projetos prontos, apenas aguardando o melhor momento para execução. Um deles refere-se a uma nova unidade para a produção de placas, de 4 milhões de toneladas. Em Volta Redonda (RJ), dentro da atual usina, prevê montar novo alto-forno para elevar a produção de 5,6 milhões para 7,5 milhões milhões de toneladas.
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