Quanto a redução nas encomendas de vagões da Iochpe-Maxion, a corretora Socopa, apostando na recuperação da expansão do modal ferroviário no médio prazo, além do aumento da participação das exportações nas receitas da empresa, recomenda a compra dos papéis da empresa por investidores com perfil de médio e longo prazo. A companhia anunciou, em teleconferência ocorrida na última segunda-feira (09), que suas encomendas de vagões foram sensivelmente reduzidas, principalmente devido ao adiamento da solicitação por novos vagões pela Vale, um dos principais clientes da Iochpe-Maxion. Além disso, a empresa projeta uma queda na demanda por vagões em 2006 de 46,7%, em comparação o ano anterior.
Esta queda deve persistir em 2007, já que as estimativas da empresa giram em torno de uma produção 50% menor dos quatro mil vagões fabricados este ano.
Impactos nas receitas da empresa
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O segmento de implementos ferroviários responde por, aproximadamente, 38% da receita da companhia. Somando-se aos fatos, a empresa acumula, de janeiro a setembro deste ano, queda de 11% na produção de caminhões para o mercado nacional, segmento responsável por cerca de 56% das vendas da empresa.
Estes números que apontam para uma redução da demanda pelos vagões da Iochpe-Maxion promoveram uma redução de 18,7% nos investimentos planejados pela companhia para 2006, anteriormente previstos em R$ 80 milhões.
A corretora aposta, em suas projeções, que o recuo nas vendas de vagões, rodas e chassis de caminhões será compensado pelas exportações e fundidos ferroviários. Além disso, a Socopa prevê que a fábrica que a Iochpe-Maxion pretende instalar na China possa gerar uma receita de US$ 30 milhões para a empresa.
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