Se depender dos recursos do governo federal, a Linha 3 do Metrô Rio, entre São Gonçalo, Niterói e a capital, vai demorar a sair do papel. O problema seria o limite de endividamento do Estado do Rio de Janeiro, afirmou o ministro das Cidades, Márcio Fortes, em seu discurso nesta terça-feira (dia 21), no seminário “Rio de Janeiro nos Trilhos”, na sede da CBTU, na capital carioca. As perspectivas não são as melhores, pois de acordo com o ministro não há menor condição deste impedimento ser levantado, pois comprometeria as metas financeiras do governo.
O projeto está dividido em dois lotes: um deles compreende o trecho entre Guaxindiba em São Gonçalo, ao centro de Niterói, e está orçado em US$ 530 milhões; o outro é se refere à ligação entre este ponto e ao Centro do Rio, através de um túnel de 5,5 quilômetros sob a Baía de Guanabara, com o custo de US$ 885 milhões. Do total a ser investido, 70% seria oriundo da União e 30% do Estado. Caberia ao concessionário o investimento de US$ 420 milhões.
Diante da explanação do ministro das Cidades, o secretário dos Transportes do Rio de Janeiro, Albuíno Azeredo, defendeu formas criativas de geração de recursos para concretizar a Linha 3, como a utilização do FDIC, Cide, ou inclusão do projeto no programa Rio Ferroviário, entre outros meios.
Com 28,5 Km de extensão, a Linha 3 vai ligar as cidades de São Gonçalo e Niterói à capital, da Carioca até a futura estação Guaxindiba. A obra desafogaria a Ponte Rio-Niterói e diminuiria o tempo de viagem entre os dois locais de 1h45 para 25 minutos, no horário de pico. De acordo com o projeto, a Linha 3 terá 17 estações.
Licitada há mais de três anos, as obras nunca começaram por falta de recursos. Nas últimas eleições, o projeto voltou à tona nas promessas de campanha dos candidatos ao governo do Rio. Estima-se que no primeiro ano de operação a nova linha transporte 450 mil passageiros por dia.
Clique aqui e veja a apresentação do projeto da Linha 3 do Metrô Rio.
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