Uma bomba explodiu na madrugada desta segunda-feira num trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, em Itapevi, na Grande São Paulo, ferindo gravemente um adolescente de 16 anos. Willian Costa da Silva está com 75% do corpo queimado e pode estar envolvido no ataque. Ele era a única pessoa no vagão e pulou em chamas pelas janelas. Na queda, sofreu fratura exposta do fêmur da perna direita. Está internado em estado grave no Hospital Geral de Itapevi.
O adolescente estava no último carro do trem UB 03, que por volta das 4h50 estava na Estação Engenheiro Cardoso, da linha B (Júlio Prestes a Itapevi). Os funcionários e passageiros contaram que ouviram um forte barulho e, logo em seguida, vieram as chamas – que consumiram completamente o vagão.
Essa é a segunda explosão nos últimos dias em trens do transporte público metropolitano. Na manhã de sábado, uma bomba explodiu sob um banco num vagão da Linha 2-Verde do Metrô. Apesar dos estragos no trem, ninguém ficou ferido. Os casos deixaram a Secretaria de Transportes Metropolitanos em estado de alerta.
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Ações planejadas
“Depois desse ato na CPTM, percebo que estamos vivendo algo totalmente inusitado. Estamos ainda querendo descobrir qual é o recado que está sendo passado pelos criminosos. Estão mais pensando em chamar a atenção do que matar ou prejudicar pessoas. Felizmente, nos dois casos apenas uma pessoa ficou ferida”, afirmou o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. Para ele, as ações foram planejadas. “Está comprovado, pelo menos nesse primeiro momento, que as duas explosões foram muito bem articuladas.
O secretário prometeu reforçar o policiamento nas linhas nesta semana. “É obvio que agora o Gate e a Polícia Civil vão redobrar a segurança em todas as estações, inclusive com policiais à paisana. Vamos continuar com a operação até a primeira semana do ano. Vamos monitorar pacotes e sacolas. Pessoas suspeitas paradas nas estações serão observadas. Temos 3 milhões de passageiros no metrô por dia e 1,7 milhão na CPTM. Não podemos deixar nenhum pacote parado.”
A polícia ainda procura vítimas da bomba deixada sob o assento do primeiro vagão num trem perto da Estação Ana Rosa, no sábado, para que expliquem, mesmo que de forma anônima, o que aconteceu. “Foi a primeira bomba na história de 32 anos de metrô.”
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