Mais um item foi incluído no já extenso pacote de medidas ainda em estudo que o governo anunciará para estimular investimentos e promover o crescimento da economia: a construção e a recuperação de metrôs no país. O ministro das Cidades, Márcio Fortes de Almeida, disse ontem que será dada prioridade às obras em nove estados: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas.
O ministro propôs à área econômica do governo que alguns projetos, como a Linha Três do metrô do Rio, sejam incluídos no Programa Piloto de Investimentos (PPI) — que não é computado como despesa nas contas públicas. As obras ligarão Niterói a São Gonçalo, podemos chegar a Itaboraí e seu custo é estimado em R$ 1,3 bilhão.
— Com a adição do trecho até Itaboraí, onde existe um pólo petroquímico, as chances são ainda maiores. É preciso desafogar o trajeto rodoviário — disse Márcio Fortes, lembrando que as obras estão previstas em uma emenda apresentada pelo governador eleito Sérgio Cabral, quando este era senador pelo PMDB.
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As obras em Salvador são estimadas em R$ 505 milhões; no Recife, cerca de R$ 360 milhões; e em Fortaleza, R$ 604 milhões. Em Belo Horizonte, serão gastos cerca de R$ 214 milhões com a implantação dos trechos Eldorado-Vilarinho, Barreiro-Calafate-Hospitais e São Gabriel-Via Norte. No Rio Grande do Sul, deverão ser construídos o Aeromóvel, ligando o Aeroporto Salgado Filho ao Trensurb (metrô de superfície gaúcho) e o trecho de São Leopoldo a Novo Hamburgo, com custos projetados em R$ 40 milhões. Há, ainda, projetos de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) em Maceió, Natal e João Pessoa.
Para dar maior garantia aos investidores interessados em infra-estrutura no país, o governo decidiu que projetos que tiverem orçamento plurianual não receberão cortes no período. Isso vale, principalmente, para obras de transportes, energia e saneamento básico.
De acordo com o ministro das Cidades, Márcio Fortes de Almeida, esse compromisso terá frutos importantes, como a geração de emprego e renda. Ele enumerou alguns projetos de sua área e disse esperar contar com R$ 8,6 bilhões em 2007.
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