O crescimento do agronegócio em Minas Gerais exige a construção de um ramal ferroviário entre Unaí (Noroeste de Minas) e Pirapora (Norte do Estado), pela Ferrovia Centro Atlântica (FCA), subsidiária da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). Contudo, a implantação do corredor logístico depende de inúmeras variáveis, que vão desde a solução dos atuais gargalos, como a transposição da linha férrea que atravessa a capital mineira, até o acerto de contas entre a concessionária e governo, que se arrasta desde a privatização da malha ferroviária brasileira, há dez anos.
A construção do ramal de 285 quilômetros, orçado em US$ 315 milhões, era um dos compromissos do governador Aécio Neves, no início de seu primeiro mandato. O desafio ainda é tirar do papel o projeto proposto há cerca de 20 anos. Segundo o gestor do Programa Trens de Minas, José Antônio Silva Coutinho, ligado à Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas (Setop), a prioridade agora é criar condições para que o transporte do trecho se torne economicamente viável para a FCA.
Neste momento o Estado trabalha para encontrar comum interesse para retomar o transporte na região. Para isso, seria preciso que mais cargas chegassem à Pirapora, explicou Coutinho. Segundo ele, a partir desta meta o governo estadual partiu para a melhoria das rodovias da região para incrementar a chegada de mercadorias às aduanas de Pirapora.
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