A Santa Fé Vagões, joint venture que reúne a América Latina Logística (ALL) e a Millinium Investimentos, trouxe um novo perfil de administração para Santa Maria, aproveitando a estrutura deixada pela Rede Ferroviária, no Km 3. O investimento, que já colocou no mercado mais de 500 unidades desde o início da operação, em 28 de dezembro do ano passado, prevê ainda um ritmo bem mais acelerado em 2007. A estimativa é de que a produção fique entre 1,2 mil e 1,5 mil vagões no ano novo. Há exatamente um ano, a fábrica começava a produzir vagões e, hoje, eles já são considerados os melhores do País.
Uma produção que, segundo o diretor Industrial e presidente da Santa Fé Vagões, Antonio Giudice, foi entregue à ALL, que tem 40% do capital da Santa Fé. Os outros 60% estão nas mãos da Millinium, empresa sediada em São Paulo mas controlada pela Besco, fabricante de vagões indiana.
A Santa Fé, que fez um investimento de R$ 5 milhões e teve um faturamento de R$ 100 milhões em 2006, dará a largada, em janeiro de 2007, com a produção do modelo de vagão multiuso F. O vagão é concebido tanto para o transporte de produtos a granel quanto industrializados. A capacidade do modelo multiuso F é de até 120 toneladas, 20% superior ao graneleiro.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
“A produção de vagões-tanque e a fabricação de vagões porta-contêiner para o transporte de veículos também fazem parte do planejamento da empresa”, afirma. Conforme Giudice, a empresa já estaria em tratativa com possíveis clientes na América Latina e África.
Instalada nos armazéns onde funcionavam as oficinas de manutenção de vagões da RFFSA (Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima) no Km 3, a Santa Fé Vagões, dispõe de uma área construída de cerca de 13,5 mil metros quadrados.
Os modelos de vagão produzidos pela empresa são do tipo “Hopper Fechados”, pesam 100 toneladas e têm capacidade de carregar 77 toneladas de carga. Eles são usados essencialmente no transporte de grãos, (como milho, soja e trigo), farelo, açúcar e fertilizantes.
Seja o primeiro a comentar