Mudança de planos. Assim pode ser definida a situação do Metrô de Fortaleza (Metrofor) após o anúncio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ontem em Brasília. O empreendimento, cuja continuidade das obras ficou assegurada com a assinatura de um convênio entre o governo do Ceará e a União em novembro de 2005, tendo seu projeto inicial alterado, retorna à sua concepção original. Ou seja, a Linha Sul, que liga as estações de Vila das Flores, em Maracanaú, a João Felipe, no Centro de Fortaleza, volta a contemplar a utilização do trecho subterrâneo de 3,9 km do metrô, e ainda a aquisição de dez trens elétricos.
Para tanto, explica o presidente do Metrofor, Rômulo dos Santos Fortes, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) já comunicou, por meio de ofício, que o PAC prevê a injeção de recursos adicionais para dar mais fôlego ao empreendimento.
De acordo com a CBTU, os investimentos aprovados pelo programa para o metrô são de R$ 523,5 milhões distribuídos ao longo de 2007 a 2010. Para a Linha Sul serão R$ 493,5 milhões e para a Linha Oeste, R$ 30 milhões. “Isso sem contar a contrapartida do governo do Ceará, que corresponde a 32% do total do empreendimento, pois os repasses da União somam 68% do total da obra”, afirmou Fortes.
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Conforme a CBTU, em 2007 serão investidos quase R$ 203 milhões, pois aos recursos do PAC serão acrescentados R$ 126,1 milhões de restos a pagar referentes aos anos de 2005 e 2006. Desde o início do metrô (1999) até o ano passado, já haviam sido investidos R$ 647,8 milhões.
Pelo convênio assinado em 2005, a obra receberia, entre 2006 e 2007, R$ 588 milhões. Como PAC esse valor cresce em pelo menos mais R$ 62 milhões, com repasses do governo federal, sem contar os valores de contrapartida do governo do Ceará que, segundo o presidente do Metrofor, ainda precisam ser calculados.
Conforme Fortes, independente do PAC, ele trabalha com a possibilidade de concluir até 2008, o trecho de superfície entre Vila das Flores e Couto Fernandes, colocando, inclusive com os trens elétricos para rodar. Atualmente, o Metrofor está com 57,84% das obras civis concluídas, com as melhorias previstas para a Linha Oeste em licitação. Cerca de 560 pessoas trabalham direta e indiretamente nas obras. A nova administração iniciou com cerca de R$ 37 milhões em caixa.
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