O Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), da agência de fomento regional Adene, aprovou um financiamento de R$ 2,227 bilhões para a implantação da Nova Ferrovia Transnordestina. O valor é quase metade do orçamento total do projeto da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), do grupo CSN, estimado em R$ 4,5 bilhões.
— Esses recursos (o empréstimo) são debêntures, sendo 50% delas conversíveis em ações. Nosso reconhecimento como companhia aberta, no último dia 11, era condição do FDNE — diz Jayme Nicolato, diretor da CFN.
O projeto, que tem consultoria financeira da carioca Z3M, já conta com R$ 650 milhões aprovados para 2007, vindos do BNDES, do Fundo de Investimento do Nordeste (Finor) e do FDNE, destaca o executivo.
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— É o primeiro recurso aprovado pelo fundo do Nordeste desde sua criação na Adene — diz Marcos Barreto, gerente de fundos da agência.
A Nova Transnordestina — o projeto, desde os anos 90, atravessou uma sucessão de governos sem sair do papel — soma quase dois mil quilômetros de extensão, criando um corredor logístico que ligará Eliseu Martins (PI) aos portos de Suape (PE) e Pecém (CE). A ferrovia pode chegar a um volume de carga de 17 milhões de toneladas em 2010 e 27 milhões em 2020.
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