A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) planeja realizar investimento recorde em 2007, de US$ 6,33 bilhões, depois de investir US$ 4,5 bilhões no ano passado. O montante previsto para este ano inclui um aporte de US$ 1,45 bilhão na mineradora canadense de níquel Inco, adquirida em 2006 pela mineradora brasileira. Com isso, a participação do investimento da Vale no Brasil será reduzida de 92% para 72%. Mesmo assim, o total de investimentos no país, de US$ 4,6 bilhões, ainda vai superar todo o investimento do ano passado.
O mercado está em um momento muito bom e promissor e os investimentos vão vitais para crescer, disse o presidente da Vale, Roger Agnelli, acrescentando que a empresa tem como objetivo acelerar sua inserção global na mineração. Após a compra da Inco, a Vale tornou-se a segunda maior mineradora do mundo, atrás da BHP Billiton. Estamos investido para atender a demanda cada dia mais crescente e por isso a gente reza todo dia para que a China e o planeta continue a crescer , disse o executivo.
Pela primeira vez, a Vale não destinará a maior parcela de seus investimentos ao minério de ferro. Para 2007, a área de minérios ferrosos receberá 25,8% do total de investimentos depois de ficar com 44,3% dos investimentos de 2006. Em termos nominais, os investimentos em minério de ferro também serão reduzidos, de US$ 1,99 bilhão para US$ 1,64 bilhão.
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A redução, segundo Agnelli, deve-se à conclusão de projetos no ano passado, como a mina de Brucutu, em Carajás (PA). Nosso ritmo de produção tem crescido 18% ao ano e devemos mantê-lo nos próximos anos, disse. Roger explicou que a produção de minério de ferro, que cresceu 30 milhões de toneladas no ano passado, totalizando 264 milhões de toneladas, deve chegar a 307 milhões de toneladas em 2007.
A atividade de minério de ferro sempre será a maior da cia. Os grandes projetos de minério foram executados e estão em operação. O que tem de diferente é que os projetos de níquel são mais intensivos em capital, disse. A área de não ferrosos, que inclui as minas de níquel da Inco, terá a maior parte dos investimentos, com uma participação de 40,2%, o equivalente a US$ 2,55 bilhões.
Segundo Agnelli, US$ 4,2 bilhões do total de investimentos serão destinado para a expansão da produção, seja em novos projetos de minas ou de plantas e ainda para a modernização de minas, visando o aumento da produtividade. A empresa também fará grandes aportes em logística, no valor de US$ 720 milhões e dará maior atenção aos portos que opera.
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