O projeto executivo do trecho Petrolina/Parnamirim, que deverá ser interligado à Ferrovia Transnordestina, está pronto e será avaliado pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) a partir de abril. O ramal não havia sido incluído no projeto da ferrovia – construída pela Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) – e o Governo do Estado teve que realizar um estudo de viabilidade econômica, financeira e social para a construção do trecho. As obras estão estimadas em R$ 435 milhões.
Segundo o superintendente de Projetos Estruturadores da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Artur Maciel, o estudo do trecho, com 174 quilômetros, ainda está em fase de elaboração. “A CFN não colocou o ramal no projeto da Transnordestina porque o nível de endividamento para financiamento da empresa estava alto”, explicou. O estudo servirá para apresentar a viabilidade do ramal às possíveis fontes de recursos para as obras, podendo ser União ou por meio de financiamentos.
A expectativa é de que o ramal Petrolina/Parnamirim fortaleça o setor de fruticultura do Vale do São Francisco, a produção de milho e soja do oeste da Bahia e do sul do Piauí e suporte ao Canal do Sertão e ao Porto de Petrolina. Para o secretário executivo da Região Integrada de Desenvolvimento do Pólo Petrolina/ Juazeiro (Ride), José Plutarco, o trecho vai gerar uma redução de 30% dos custos dos produtores da região. A distribuição para o Nordeste passará de transporte rodoviário para ferroviário. Isso vai fazer com que mais cargas possam ser transportadas, de forma segura e mais barata, comentou.
Como o estudo está sendo finalizado, ainda não foi definido quem será o responsável pela construção do trecho, podendo ser o Estado, Dnit, a CFN ou por Parceria Público-Privada (PPP). A concessão da via será da companhia ferroviária.
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