Plano prevê menor dependência de rodovias

O governo acaba de concluir o desenho da infra-estrutura logística e de transportes que terá o Brasil ao longo dos próximos 15 anos. Será um país com forte participação de ferrovias e hidrovias no transporte de cargas, somente 3% de estradas em estado ruim já em 2010 e economia anual de pelo menos US$ 2,5 bilhões com custos logísticos hoje arcados pelo setor produtivo. A recomendação é de investimentos de R$ 101 bilhões no período 2008-2015, entre recursos públicos e privados, e de pelo menos R$ 71 bilhões no período de 2016 a 2023. 


As promessas estão no Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), cuja versão preliminar foi recém-concluída pelo Ministério dos Transportes, em parceria com o Comando do Exército, e que será submetido a rodadas de discussão entre governos estaduais e entidades empresariais. Trata-se do primeiro trabalho de planejamento setorial desde o Programa de Desenvolvimento do Setor de Transportes (Prodest), elaborado pelo extinto Geipot e lançado em 1986, sob coordenação, curiosamente, da mesma pessoa: o novo secretário de Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato, presidente do Geipot na ocasião. 


Um dos dados que mais chamam a atenção é a nova divisão da matriz de transportes que emergirá do plano. Ela ainda terá o modal rodoviário à frente, mas sua participação cairá dos atuais 58% para 33%. Em 15 anos, a fatia das ferrovias no transporte de cargas subirá de 25% para 32%. Também haverá forte aumento do modal hidroviário – de 13% a 29%. 


A matriz atual, segundo o relatório do PNLT, se traduz em desvantagens comparativas em termos de competitividade internacional dos produtos de exportação. Cálculos citados no plano indicam que o transporte representa 32% dos custos logísticos dos produtores – mais do que itens como a armazenagem, estoques e trâmites legais. Há um gasto desnecessário de pelo menos US$ 2,5 bilhões por ano – os fretes hidroviários e ferroviários são, respectivamente, 62% e 37% mais baratos que os rodoviários. 


Novos portos serão construídos, como Sotave (Belém) ou modernizados (São Francisco do Sul), e o escoamento da produção agrícola no Centro-Oeste se dará potencialmente por três terminais: Itaqui (MA), Pecém (CE) e Suape (PE). Eclusas como as de Lajeado e de Estreito deverão oferecer a navegabilidade necessária para a criação de novos corredores hidroviários. Se pudermos navegar nos rios Tocantins, Araguaia e Teles Pires-Tapajós, isso significará a estruturação de grandes corredores de transportes, que atenderão principalmente o agronegócio e a mineração, observa o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Oliveira Passos. 


Investimentos em ferrovias também são considerados prioritários e vão além daqueles indicados no PAC. Abrangem, por exemplo, o prolongamento da Ferronorte até Porto Velho, a construção da Ferrovia Bahia Oeste (Luís Eduardo Magalhães-Brumado) e contornos para driblar as malhas urbanas. 


Mas é inevitável reconhecer, aponta o plano, que o país continuará dependendo das rodovias para distribuir insumos e escoar sua produção. Por isso, o modal rodoviário corresponde a R$ 42 bilhões dos R$ 72 bilhões de investimentos recomendados para o período 2008-2011. Somados aos gastos orçamentários anuais do DNIT para conservação e recuperação de estradas, que não foram contabilizados no PNLT, a previsão do governo é chegar a 2010 com 62% de rodovias em boas condições, 35% da malha em estado regular e apenas 3% de estradas ruins. Hoje, segundo a classificação do DNIT, a divisão é de 38% de rodovias em condições ruins, 31% boas e 31% regulares. 


Os projetos estruturantes, que ocupam a maior parte das 411 páginas do relatório executivo do plano lista as obras prioritárias, com quatro vertentes: aumentar a eficiência da infra-estrutura das regiões já desenvolvidas, atender melhor áreas da nova fronteira agrícola, potencializar o desenvolvimento em regiões com baixos indicadores socia

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: Valor Econômico

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*