O governo de São Paulo espera lançar o edital de licitação do Expresso Aeroporto até o final deste ano. A obra é tida como uma das prioridades para facilitar o acesso ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, e desafogar Congonhas, na área central da capital paulista. O objetivo é reduzir bastante o tempo da viagem entre a capital e Guarulhos para estimular o uso de Cumbica, aeroporto projetado para atender um número maior de passageiros e grandes aviões.
O governo do Estado pretende investir R$ 16 bilhões nos próximos três anos em projeto ferroviários – trens e metrô – para modernizar o transporte público nas três maiores regiões metropolitanas de São Paulo – capital, Baixada Santista e Campinas. O governador José Serra (PSDB) quer fazer do transporte ferroviário um dos marcos de seu mandato.
O Expresso Aeroporto é tido como prioritário e urgente. Com a obra, que deverá ser feita por meio de Parcerias Público Privadas (PPP), o passageiro poderá chegar ao terminal de Guarulhos em 20 minutos, partindo do centro de São Paulo. Atualmente, o acesso só é possível de carro ou ônibus fretado. Em dias de congestionamento, se gasta no trajeto, via marginal Tietê, até duas horas.
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O projeto está em fase de elaboração de estudos sobre a viabilidade técnica, econômica e financeira da obra. Dois consórcios participam desta fase. O primeiro se chama Expresso Guarulhos, formado pela Encalço Construções Ltda e Engevix Engenharia S/A, ambas de São Paulo; as espanholas Isolux Corsan Concesiones S/A e Construcciones Y Auxiliar de Ferrocarriles S/A, de Madri; além da italiana Guella S.p.A, de Roma.
O outro consórcio denominado Nova Metrópole inclui quatro empresas, todas de São Paulo. São elas: a Assmann Consultoria Empresarial; Valente, Valente Arquitetos; Enescil Engenharia e Projetos Ltda; e Uete Engenharia Ltda.
O Expresso Aeroporto vai aproveitar parte da faixa ferroviária da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Duas novas linhas serão construídas a partir da estação do Brás, que ganhará uma nova plataforma subterrânea. Uma linha será exclusiva para o Expresso Aeroporto. A segunda vai será para o Trem de Guarulhos, que vai terminar na estação Cecap, ao lado da Dutra. As duas obras estão orçadas em R$ 6 bilhões.
O Trem de Guarulhos terá capacidade para atender a demanda diária inicial de mais de 100 mil usuários, com tempo de deslocamento de 15 minutos entre suas três estações. Já o Expresso Aeroporto terá duas estações terminais, implementadas numa nova via de 31quilômetros de extensão: uma no aeroporto e outra na área central da capital (Barra Funda, Júlio Prestes ou onde sugerirem os estudos), construídas especificamente para o serviço (non stop).
Essas estações deverão funcionar como terminais aeroportuários com plataformas exclusivas e balcões das companhias aéreas, podendo realizar check-in de passageiros com entrega de cartão de embarque e despacho de bagagem. Além de oferecer equipamentos como os existentes nos mais modernos aeroportos do mundo: escadas e esteiras rolantes, estacionamentos, shopping e remessa de encomendas.
O tempo de viagem é estimado em 20 minutos e a velocidade comercial poderá superar os 100 km/h, muito competitiva se comparada a de outros meios de transporte. Calcula-se para o início da operação, o número médio de 20 mil usuários/dia, entre viajantes, acompanhantes e funcionários. A previsão de intervalos entre os trens é de 12 minutos, com redução para 6 minutos ao longo da concessão.
Apesar do Trem de Guarulhos e do Expresso Aeroporto compartilharem a mesma via, o serviço de Guarulhos estará segregado do serviço do aeroporto, isto é, o Trem de Guarulhos servirá as Estações Brás, Engenheiro Goulart e Cecap, enquanto o Expresso Aeroporto apenas o Terminal Aeroportuário em Cumbica e uma estação no centro.
Para atender estes diferentes serviços na mesma via, os trens terão o mesmo padrão tecnológico e de desempenho, ma
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