Para cada cinco empresas usuárias de serviços logísticos ferroviários no país há outras duas que tentaram fazê-lo e não conseguiram. O dado está na pesquisa Os melhores prestadores de serviço logístico e ferrovias do Brasil, da Coppead/UFRJ. E mostra que, para atender a essa demanda reprimida, o setor precisaria ampliar sua capacidade de transporte de carga em 72% em três anos. Em cifras, demandaria R$ 15 bilhões em investimentos.
— É praticamente impossível. Nos últimos dez anos, o crescimento foi de 60%. Os investimentos cresceram de R$ 353 milhões em 1997 para R$ 3,37 bilhões em 2005 — diz Paulo Fleury, diretor do Centro de Estudos em Logística da entidade. — Até aqui, os recursos foram para obras menores. Agora é a vez do mais caro: as linhas.
Segundo ele, linhas de financiamento seriam fundamentais.
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Mas as empresas do setor reclamam, sobretudo, permissão paralisar o montante pago ao governo pelas concessões na melhoria da malha.
Pela pesquisa da Coppead, as melhores ferrovias do país são as estradas de ferro Vitória a Minas e Carajás, ambas da Vale do Rio Doce, e a MRS. Já as tops em operação logística são DHL-Exel, CEVA e ALL.
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