COPPE aprova uso de biodisel pela Vale

Com base nos resultados de testes feitos por pesquisadores da COPPE, a Companhia Vale do Rio Doce passará a utilizar biodiesel em suas locomotivas. Durante doze meses os pesquisadores acompanharam o desempenho de duas locomotivas da empresa que percorreram 119 mil km: uma delas usou diesel comum e a outra uma composição de 20% de biodiesel (B20) e 80% de diesel mineral. Os pesquisadores concluíram que a substituição deste 1/5 de combustível, associada à plantação de cerca de 30 mil hectares de espécies oleaginosas, como o dendê, possibilitará a redução total de emissão em torno de 800 mil a 1,1 milhão de toneladas de CO2 na atmosfera.


Segundo o professor Marcos Freitas, da COPPE, responsável pela coordenação do projeto, simplesmente substituir 20% de diesel por biodiesel não resultaria numa redução de emissão de gases significativa. Com esse percentual, seriam abatidos apenas 1/5 do total, ou seja, 209.180 toneladas de emissão de CO2. “A redução mais significativa ocorrerá devido ao plantio dos 30 mil hectares de palma (dendê) em terra degradada da Amazônia, o que pode gerar uma grande quantidade de empregos e
renda fora das atividades do desmatamento, além de poder usar toda a biomassa residual (cogeração) e o efluente liquido (biogás)”, diz o professor. Marcos explica que a planta captura o gás carbônico da atmosfera, possibilitando à redução de 100% do CO2 emitido. Assim, ao associar o uso do biodiesel ao plantio da oleaginosa, a empresa poderá anular o efeito de aproximadamente 1 milhão de toneladas que serão emitidas pelas locomotivas da Vale ao percorrer anualmente milhares de quilômetros, em ferrovias na Amazônia e em outras áreas do país.


A pesquisa realizada e coordenada pelo Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG) da COPPE, que reuniu oito professores e pesquisadores dos Programas de Planejamento Energético e Engenharia de Transporte, e dos Laboratórios de Análises Químicas (LAQ) e de Máquinas Térmicas (LMT), levou 12 meses, e constatou que a substituição de 20% do diesel pelo biodiesel propiciou maior redução na emissão de outros gases poluentes, como os Hidrocarbonetos (HC), na ordem de 32%, e Dióxido de Enxofre (SO2) – um dos responsáveis pela chuva ácida-, em torno de 30%. O estudo concluiu que, além de benefícios ambientais, o biodiesel apresentou outras vantagens: o motor da locomotiva teve bom desempenho, apresentando perda máxima de 0,87% de potência durante a aceleração em alguns pontos do percurso; não houve alteração na durabilidade dos componentes em contato com o B20; a lubricidade do biodiesel, superior a do diesel, proporcionou menor desgaste na bomba injetora do trem.


As análises de campo e bancada feitas durante os 10 meses de testes revelaram que no trajeto do Porto de Tubarão (ES) e Nova Era (MG) o consumo de B20 foi 3,42% maior que o do diesel. “Só chegamos a esta conclusão após analisarmos a eficiência energética do biodiesel durante os testes de campo. Nos testes feitos no laboratório,
utilizando um dinamômetro, o consumo foi 2,10% maior. Mas, o acréscimo será compensado pelos ajustes contratuais entre a BR e a Vale do Rio Doce”, afirma Marcos. Na prática, o aumento de consumo poderá ser de 3,39 milhões de litros, por ano, fazendo com que, de acordo com as estimativas dos pesquisadores da COPPE, a utilização do B20 anual seja de 99,4 milhões de litros. O projeto também poderá gerar benefícios financeiros com o aquecimento do mercado de crédito de carbono, cuja cotação é de US$ 10,00 por tonelada. Marcos diz que com este valor, a Vale do Rio Doce poderá captar US$ 2,1 milhões, devido à redução das 209 mil toneladas de CO2, a partir do uso do B20, somente considerada a fase de substituição do diesel, e até US$ 10 milhões/ano caso seja considerado a contribuição para o desmatamento da Amazônia e o uso da biomassa residual e efluente líquido.


No período de teste, as duas locomotivas transportaram uma carga total de 1,8 milhões de toneladas

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Fonte: Planeta Coppe (UFRJ)

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