Os trabalhadores da ferrovia argentina Roca acataram a conciliação obrigatória ordenada pelo Governo do país, e suspenderam hoje a greve que haviam convocado em protesto contra as agressões sofridas por funcionários, que foram atacados por passageiros revoltados com os serviços da empresa.
Após uma extensa reunião, realizada na sede do Ministério do Trabalho, representantes sindicais e empresários firmaram um compromisso para retomar os serviços na ferrovia, utilizada diariamente por cerca de 600 mil pessoas em Buenos Aires.
Os trabalhadores haviam advertido que não acatariam a resolução do Governo se este não garantisse sua segurança, depois dos incidentes ocorridos na noite da última segunda-feira.
Após o encontro, a empresa responsável pela linha ferroviária ordenou a gratuidade do serviço até o fim do dia de hoje, e anunciou um plano de emergência para normalizar seu funcionamento.
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Foi anunciada ainda a reabertura do terminal da Praça da Constituição, foco dos incidentes dos últimos dias, e uma das maiores estações de Buenos Aires.
O sindicato Unión Ferroviaria convocou a greve após as agressões sofridas, na noite da última segunda-feira, por bilheteiros da empresa, que foram atacados por passageiros indignados com problemas nos serviços da companhia.
A ferrovia Roca passou temporariamente ao controle da Ugofe, uma união de empresas do setor, depois que, em maio, o Governo rescindiu o contrato com a empresa Transporte Metropolitano, por “graves e reiterados descumprimentos” dos termos de prestação de serviço.
A rescisão do convênio aconteceu após distúrbios suscitados por centenas de passageiros, também na estação da Praça da Constituição.
Por causa das deficiências nos serviços ferroviários, privatizados na década da década de 90, o Governo argentino iniciou uma reestruturação que prevê a participação de empresas privadas sob um estrito controle público.
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