A ministra Dilma Roussef se reúne hoje, em Brasília, com o presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Benjamim Steingruch, para tentar fechar a negociação para execução das obras da Transnordestina, considerada prioritária pelo governo.
O governo quer que a CSN, concessionária da obra, inicie logo a construção da ferrovia. Há cerca de dois meses, Dilma Rousseff teve uma dura conversa com Steinbruch e ameaçou tirar a CSN da concessão da ferrovia. O objetivo é entregar a ferrovia em 2010.
O impasse a respeito do início da obra se dá em razão do cronograma de desembolsos da ferrovia previsto inicialmente para a execução da obra. O governo quer que a CSN antecipe seus desembolsos para antecipar a conclusão da ferrovia, que antes estava prevista para 2013. O investimento total da obra é de R$ 4,5 bilhões e o desembolso projetado para a CSN é de R$ 570 milhões. O BNDES irá conceder um empréstimo de R$ 500 milhões à CSN e o governo entra com o restante.
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No cronograma inicial, dos 1.800 km da ferrovia, 1.100 km ficariam prontos em 2010 e o restante em 2013. A parte final seria bancada com recursos da CSN. Hoje, na reunião com Dilma Rousseff, Steinbruch deve apresentar novo cronograma para antecipar a conclusão para 2010.
Outro impasse que impedia o início da obra, as indenizações dos terrenos por onde passará a ferrovia, já foi acertado entre a União e os governos do Ceará, de Pernambuco e do Piauí. O custo das indenizações é estimado em R$ 50 milhões e será bancado pelos Estados.
A Transnordestina é considerada pelo presidente Lula uma das obras principais do PAC. A ferrovia viabiliza o escoamento da produção na região pelos portos de Pecém (Ceará), Suape (Pernambuco) e Eliseu (Piauí).
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