Para uma platéia de 15 pessoas, o engenheiro Oskar Coester palestrou na noite de terça-feira sobre o aeromóvel, criação dele na década de 1970. A explanação serviu para apresentar o veículo como uma alternativa ao trem regional, a ser implantada entre Carlos Barbosa e Caxias do Sul. Porém, nenhuma liderança empresarial ou política compareceu ao encontro no Cine Ideale, localizado em um edifício onde funcionava a estação de trem de Carlos Barbosa.
A secretária de Turismo de Carlos Barbosa, Melissa Baccon, e a representante da mesma pasta de Garibaldi, Isabete Brandelli, eram as únicas integrantes de prefeituras da Serra presentes na palestra.
— Nós viemos conhecer a ideia para ser passada adiante e avaliada para ser colocada em prática em termos de região — afirmou Melissa.
Coester apresentou uma linha do tempo do aeromóvel: desde o desenvolvimento do primeiro protótipo, em 1977, com apenas uma cadeira sobre trilhos, até a comemoração de 20 anos em 2009 do funcionamento do veículo em Jacarta, na Indonésia, onde percorre 3,2 quilômetros.
— Ele tem capacidade para levar até 300 passageiros e funciona como um barco a vela ao contrário. A grande diferença entre o aeromóvel e os outros é o peso: temos um veículo que pesa 10 toneladas vazio enquanto um veículo ferroviário pesa em torno de 50 toneladas. Você paga pelo peso — explicou o engenheiro.
Questionado se o aeromóvel seria viável entre os 65 quilômetros entre Carlos Barbosa e Caxias, no traçado onde está previsto o retorno do trem, Coester despistou:
— É a população que precisa decidir de que maneira quer a ideia. A nossa empresa está focada em fazer trechos curtos, como essa obra que vai ligar o Aeroporto Salgado Filho ao Trensurb em Porto Alegre. Queremos continuar buscando alternativas e desenvolver tecnologias, disseminando a ideia para que seja desenvolvida uma cadeia produtiva para esse segmento — disse.
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