O governador Eduardo Campos (PSB) reuniu ontem os representantes da Justiça, Ministério Público, prefeitos de 34 cidades que serão cortadas pela Transnordestina, além de donos de cartório, para pedir pressa nos processos de desapropriação das áreas por onde vão passar os trilhos da ferrovia, que pretende ligar o Sul do Piauí aos Portos de Pecém, no Ceará, e de Suape.
“Para honrarmos os compromissos assumidos com a Casa Civil é fundamental o engajamento das prefeituras em questões como a desapropriação de terras, que hoje é um dos principais gargalos para o andamento das obras”, afirmou Eduardo Campos, no Seminário para a implantação da Transnordestina, realizado ontem no Centro de Convenções.
A intenção do governo do Estado é acelerar, até 17 de agosto, a desapropriação dos 522 quilômetros do trecho Salgueiro-Suape da ferrovia e mais os 35 quilômetros, que ligam Trindade até o Piauí. Nesse dia, deve sair a liberação da licença de instalação pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). As obras só podem ser iniciadas depois que a empresa conseguir a licença e forem concluídas as desapropriações.
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As obras estão sendo feitas pela Transnordestina Logística (antiga Companhia Ferroviária do Nordeste), que ganhou a concessão para explorar os trens da Malha Nordeste, de Propriá, em Sergipe, até São Luís, no Maranhão. Uma das principais linhas desse traçado, a Sul – que faz conexão com o Sudeste do País –, está desativada desde 2001 devido às fortes chuvas que caíram entre Pernambuco e Alagoas.
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