Enquanto ainda não se define judicialmente a continuação das obras do Metrofor em andamento, o Governo do Estado já anuncia que, em até duas semanas, o último trecho da Linha Sul (de Maracanaú ao Centro de Fortaleza) terá sua licitação concluída. Neste prazo, será definida a empresa ou consórcio responsável pelas obras que ligam a Estação de Lagoinha à de João Felipe. O trecho está orçado, no seu edital, em R$ 100 milhões.
“O Estado está procurando dar seqüência a essa obra do metrô, que não é só obra física, e não é só esse trecho licitado”, afirmou Cid Gomes, referindo-se aos trechos paralisados pelo consórcio construtor Queiroz Galvão/Camargo Corrêa. “De qualquer forma, eu espero que esse contrato se resolva o mais breve possível”. As obras foram suspensas desde a última quarta-feira, 1º, quando o consórcio alegou não ter condições de dar prosseguimento ao empreendimento por conta de uma investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), que acabou retendo 71,23% dos recursos desde janeiro deste ano.
O resultado da ação judicial impetrada pelo governo estadual, pedindo o retorno imediato das obras, é esperado ainda para esta semana. “Demos entrada na sexta, e a Justiça tem o seu tempo para resolver”, comentou Cid.
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Impasse
Enquanto o governo avança na aquisição de 20 trens adicionais ao metrô, as dez primeiras unidades licitadas há cerca de dez anos ainda enfrentam um impasse para que sejam, enfim, entregues. O governador admite a possibilidade, inclusive, de os novos trens, cujo contrato de fornecimento foi assinado ontem, cheguem antes que os primeiros.
De acordo com o presidente do Metrofor, Rômulo Fortes, com o atraso do projeto, houveram custos adicionais à Alston, empresa responsável pelo fornecimento dos trens, como absorção de novas tecnologias para se adequar à nova realidade. “Eles queriam cobrar R$ 60 milhões ao Estado, além do valor inicial, para fornecer os trens. A proposta foi considerada muito alta”, afirmou Fortes.
Segundo ele, as recentes licitações ocorridas no Brasil mostraram que a proposta apresentada pela Alston estava fora dos padrões. Já foi aberto um processo de multa contra a empresa para que ela volte a produção, mas o Estado espera que ela retorne, em breve, às negociações.
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