O Governo de São Paulo divulga nesta quinta-feira (3) no Diário Oficial, que pretende estender o serviço da Linha 2 do Metrô até Cidade Tiradentes, na zona leste da capital.
O prolongamento ocorrerá em três fases e implantará o conceito de monotrilho na capital. Comum em países como Alemanha e Austrália, no Brasil o sistema nunca emplacou. Na década de 90 uma empresa particular instalou um monotrilho na cidade mineira de Poços de Caldas. A linha interligava o terminal rodoviário até a área central da cidade, um trajeto de 6 quilômetros. Parte da via foi destruída e o sistema foi desativado.
No sistema que será implantado em São Paulo, o veículo funcionará com tração elétrica e correrá sobre pneus, em uma via elevada de até 15 metros de altura.
Segundo informações do Metrô de São Paulo, o sistema foi escolhido devido ao custo. O monotrilho reduz a necessidade de desapropriações e deve ser implantado no canteiro central das avenidas. Além disso, foram levados em consideração o nível de conforto, velocidade média e a confiabilidade do sistema.
As obras de prolongamento começarão pelo trecho Vila Prudente até Oratório, de 2,4 quilômetros, que será entregue em 2010. A segunda fase, até São Mateus, num total de 10,4 quilômetros, tem previsão de entrega para 2011. O trecho compreende sete estações: São Lucas, Vila Tolstoi, Vila União, Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus.
A última fase, de São Mateus a Cidade Tiradentes, com 11 quilômetros e oito estações. A conclusão deve acontecer em 2012.
A previsão é atender cerca de 500 mil usuários em uma viagem de tempo médio estimado em 50 minutos. O investimento será de R$ 2,8 bilhões, sendo R$ 1 bilhão da Prefeitura de São Paulo e o restante, do Governo do Estado. A velocidade e o intervalo entre as composições serão similares aos das demais linhas do Metrô.
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