Pelos trilhos e por baixo d’água

Para resolver o problema do trânsito na Capital, o governo do Estado projeta um metrô de superfície, e a prefeitura tem planos de criar um túnel sob o mar. Ideias que dividem opiniões, mas que também podem mudar a vida de quem mora na Grande Florianópolis. Quem trafega na Grande Florianópolis, principalmente entre a Ilha e o Continente, precisa ter paciência. Nos horários de pico, os moradores da região – e também os turistas – sofrem com os engarrafamentos. Para diminuir o problema, o governo do Estado projeta um metrô de superfície. Já a prefeitura da Capital fala em um túnel sob o mar. Se realmente saírem do papel, as ideias vão mudar a vida de muita gente.


O governo do Estado está com seu projeto mais adiantado. Há exatamente uma semana, foi aberta a licitação do metrô de superfície, que vai ligar o Bairro de Barreiros, em São José, passar pela Ponte Hercílio Luz e seguir até o Centro de Florianópolis. Até o dia 15 deste mês, a empresa escolhida deve ser anunciada. Isso não quer dizer que as máquinas já estarão nas ruas.


Primeiro será feito o projeto. A empresa vai delimitar o traçado, escolher onde vão ficar as estações e que tipo de metrô será usado, além de fazer toda a análise ambiental.


– A estimativa é de que até meados do ano que vem o projeto esteja pronto. Depois vamos abrir uma concorrência internacional. Mais de 10 empresas, de países como França, Inglaterra e Portugal, já mostraram interesse – afirma Valter Gallina, secretário da Secretaria de Estado do desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis.


Esta seria a primeira parte do projeto. Na segunda, haveria uma ligação do Centro da Capital com o Aeroporto Internacional Hercílio Luz, passando pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O metrô voltaria pela Baía Sul. A terceira etapa ligaria os municípios de Palhoça, São José e Biguaçu.


Projeto do túnel já está no orçamento – A ideia da prefeitura, de um túnel sob o mar entre a Avenida Beira-Mar Norte, e a Avenida Beira-Mar Continental, também saiu do plano das ideias. Na segunda-feira passada, foi aprovado o orçamento do município, com R$ 7,5 milhões destinados para o projeto da obra, que também conta com uma estrada até o Elevado de Barreiros, em São José.


O dinheiro é para o projeto, não para a execução da obra.


Não há ainda uma data para a licitação ser lançada.


– Na Europa, este tipo de túnel é muito usado, principalmente na Holanda. Algumas empresas de Florianópolis trouxeram a ideia de lá.


Esperamos conseguir os recursos para viabilizar a obra. Ela vai reduzir os transtornos e até a emissão de gases poluentes – diz Luiz


Américo, secretário adjunto de Obras da prefeitura de Florianópolis.


Enquanto as obras não saem do papel e sem nenhuma alternativa como os corredores exclusivos de ônibus, o caminho é ter paciência.


O que é o metrô de superfície – O metrô de superfície de que se fala em Florianópolis é o chamado VLT (veículo leve sobre trilhos). É um intermediário entre os ônibus e o metrô pesado, com estações mais espaçadas e o número de passageiros maior. Ele se assemelha aos antigos bondinhos que circularam no país. Tem uma capacidade de 15 mil a 35 mil passageiros/hora.


De acordo com Peter Ludwig Alouche, consultor da Trends Engenharia e Tecnologia, de São Paulo, o VLT “é uma alternativa ecológica e, urbanisticamente, muito boa, que teve um boom de implantação na Europa, nos Estados Unidos e na Austrália”.


Algumas cidades que têm os VLTs são Minneapolis e Portland, nos Estados Unidos, Lyon, Paris, Grenoble e Estrasburgo, na França, e Porto, em Portugal. O Brasil não conta com esta modalidade de transporte, mas Brasília já está em fase de implementar o projeto.


O que é o túnel sob o mar – No Brasil ainda não existe projeto desse tipo. Aqui os túneis são feitos sob as rochas ou solo, como é o caso do Túnel Antonieta de Barros, que liga o Centro ao Sul da Ilha, em Florianópolis.


Segundo a empresa Geompany, existem mais de cem túneis imersos ao redor do mundo. O mais famoso é o Eurotúnel, que liga a França à Inglaterra. Inaugurado em 1994, ele tem 50,450 quilômetros de comprimento, sendo que 37,9 estão abaixo do mar. Diferente do projeto de Florianópolis, por onde passarão carros, o Eurotúnel é usado por trem.


No ano passado, o engenheiro civil Jorgen Holst, da empresa Cowi Tunnel, esteve na Capital para mostrar alguns projetos. Ele destacou a ligação entre a Suécia e a Dinamarca, com 7,845 metros de comprimento – uma parte é ponte e a outra é um túnel.

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Fonte: Diário Catarinense

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