A Agetransp, agência reguladora de transportes, não ficou satisfeita com o relatório da SuperVia, empresa que administra as linhas férreas do Rio, sobre o trem que circulou esta semana sem maquinista, em Japeri.
Em nota, a agência informou que o documento não explicou as dúvidas e lembrou à concessionária que o atraso na resposta poderá lhe trazer punições.
O relatório, segundo a Agetransp, informa que a empresa instalou uma comissão de investigação e que o laudo técnico ficará pronto em 30 dias. Paralelamente, técnicos da agência continuam trabalhando para produzir seu relatório próprio.
“O Conselho Diretor da agência instaurou processo regulatório específico para apurar as causas do incidente e apontar responsabilidades, que já possui relator e revisor”, diz a nota divulgada à imprensa.
Como foi
O maquinista que conduzia o trem admitiu, em depoimento na Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), que realmente estava fora da composição quando ela partiu da estação de Ricardo de Albuquerque. Ele contou que tinha saído da cabine para verificar um problema num dos vagões quando viu o trem partindo da plataforma.
O incidente aconteceu na manhã de segunda-feira (18), quando o trem partiu em velocidade de Ricardo de Albuquerque e só foi parado pela SuperVia quando a energia da composição foi cortada.
A delegacia investiga a hipótese de que alguém teria entrado na cabine, na ausência do maquinista, e acionado a partida da composição, e a de que houve um defeito técnico que, relacionado ou não a uma falha humana, deu a partida no trem.
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