Os metroviários retomaram nessa terça-feira, dia 23, a greve, que prejudicou o serviço durante dois dias na semana passada. Na manhã de hoje, o movimento na Estação Praça do Relógio em Taguatinga era intenso. Apenas duas bilheterias funcionaram e 30% dos funcionários estavam trabalhando – o suficiente para manter apenas seis dos 18 trens funcionando.
Na noite dessa segunda-feira, dia 22, em assembleia, os metroviários decidiram pela retomada da greve. A reunião entre a direção e os funcionários do Metrô/DF terminou sem acordo. O governo ofereceu 13%. Metade agora em abril e a outra metade em setembro. Os metroviários não aceitaram a proposta do GDF, pois eles querem 60%. Também não há acordo sobre a jornada de trabalho, gratificação de operação e manutenção, auxílio-refeição, adicional de periculosidade e adicional de risco de vida. Os funcionários têm outra assembleia hoje à noite, dia 23, para decidir sobre a greve.
Para o coordenador de assuntos sindicais do GDF, Ilair Antônio Tumelero, o governo já chegou ao limite das negociações. O GDF pretende tomar medidas contra a greve, por considerá-la ilegal. O argumento é de que a paralisação deveria ser anunciada com 72 horas de antecedência. A lei de greve diz que esse aviso tem que ser feito com essa antecedência aos empregadores e aos usuários.
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O Sindicato dos Metroviários afirma que atendeu essa exigência porque, na quinta-feira da semana passada, dia 18, divulgou a possibilidade de greve em duas rádios e em um jornal da cidade. Além disso, o sindicato afirma que apenas retomou a greve e não decretou uma nova paralisação.
O DFTrans montou um esquema semelhante ao da semana passada para tentar atender a demanda dos passageiros, que precisam de transporte público e usam o metrô diariamente. Ao todo, foram colocados à disposição 350 ônibus extras. Em Águas Claras passou de 15 para 40 ônibus. No Guará, de 70 para 120. Taguatinga roda com 140 e ganhou mais 95 ônibus hoje. Em Ceilândia, passa de 170 ônibus para 260. E em Samambaia que tem 350 passou para 440 ônibus.
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