A China investirá US$ 146 bilhões para triplicar seu sistema de metrô nos próximos cinco anos, de acordo com a principal agência chinesa de planejamento econômico. O país aumentará as vias de suas cidades para mais de três mil km até 2015, começando com os 940 km iniciados a partir do final de 2009, afirmou Li Guoyong, chefe do departamento industrial da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC), ontem (12), em uma conferência ferroviária realizada em Xangai.
A terceira maior economia do mundo investe pesado nos transportes públicos, à medida que o governo procura reduzir o tráfego rodoviário, solicitando aos seus habitantes que deixem seus veículos em casa e utilizem trens e ônibus.
A expansão do metrô beneficiará também os fabricantes de aparelhos, como a Haier Group Corp., que fornece equipamentos para trens e estações, além de atender grandes demandas de alumínio e aço.
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A Haier espera que as vendas de ar condicionado para o setor metroferroviário cresça 50% comparado ao ano passado, disse Dou Hongsheng, diretor da divisão de ar condicionado para ferrovias da empresa. “Nós estamos aumentando o número de funcionários de nossa equipe com as crescentes demandas do metrô”, afirma o executivo.
Mais 25 sistemas de metrô
A China, que possui metrôs em Pequim, Wuhan, Xangai e outras sete cidades, aprovou a construção de mais 25 sistemas, afirmou Guoyong. O país pretende expandir sua malha para 1.400 km somente este ano, gastando US$ 29,25 bilhões na compra de trens para Shenyang, na província de Liaoning, e Chengdu, na província de Sichuan.
O governo não disse qual empresa fornecerá os novos trens para os sistemas. Dentre as maiores fabricantes chinesas, estão a China South Locomotive and Rolling Stock Corp., que construiu carros para o metrô de Hangzhou; a Zhuzhou Electric Locomotive Ltd., que está licitando trens em Montreal (Canadá); e, por fim, a China CNR Corp., que em fevereiro ganhou um contrato para o fornecimento de trens em Xangai.
Os investimentos no setor ferroviário cresceram 17,5% em abril, de acordo com Bureau Nacional de Estatísticas da China. Os gastos no setor dobraram em 2009, quando Pequim desenvolveu um projeto de US$ 586 bilhões para combater a crise econômica mundial. O país possui a segunda maior malha ferroviária do mundo, que inclui trens de metrô e interurbanos, de acordo com a H&Z Industrial Media Group.
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