O superintendente de Planejamento de Transporte da SPTrans, Laurindo Junqueira, participou do painel “O TAV e as Cidades”, ontem (11), no Seminário Negócios nos Trilhos 2010, e questionou se existe a necessidade do Trem de Alta Velocidade Rio de Janeiro-São Paulo-Campinas ser um trem de 350 km/h. Junqueira comentou que outras cidades do mundo possuem trens circulando a 200 e 220 km/h, atendendo as demandas. Um dos exemplos apresentados foi o trem entre Madri e Sevilha, na Espanha, que circula a 220 km/h.
Bento José de Lima, diretor de engenharia da Riotrilhos, disse que o importante é que a via seja para alta velocidade, mesmo que não use trens de alta velocidade. Ele explicou que na linha de alta velocidade podem circular trens de alta e média velocidades, enquanto nas vias de média capacidade trens mais velozes não operam por conta da estrutura.
Junqueira ressaltou que é a favor do projeto, mas a dúvida é se esse seria o trem. Ele também levantou outros questionamentos sobre o TAV transportar cargas pequenas; a distância entre a estação do Campo de Marte, em São Paulo, e a rede metroviária; a possibilidade de uma estação em Jundiaí; entre outros.
Segundo ele, as perguntas foram feitas a ANTT, mas até o momento não foram respondidas.
Leia Também:
Implantação do TAV trará vantagens para o Brasil
Detalhes da intermodalidade do TAV deixam dúvidas em SP
Seja o primeiro a comentar