De acordo com o presidente da Transnordestina Logística S. A., Tufi Daher Filho, a construção do trecho da Ferrovia Transnordestina no Ceará está em ritmo lento devido às indenizações de propriedades ao longo da via, que não estão atendendo ao cronograma traçado para a obra. Caso o processo indenizatório não alcance o ritmo necessário para o cumprimento do cronograma, a conclusão do trecho da Transnordestina no Estado será atrasada.
Tufi Daher informa que, até o momento, somente 35% de indenizações estão resolvidas no trecho cearense. Para o presidente da Transnordestina Logística, a atuação do secretário de Infraestrutura do Estado, Adail Fontenele, no processo de desapropriação dos terrenos e indenização dos ex-donos, poderá agilizar um pouco mais os trabalhos e até evitar atrasos.
“Tão logo essas desapropriações aconteçam a obra vai avançar, porque os recursos estão garantidos através de altos financiamentos com apoio do governo federal”, afirma Daher, acrescentando que a obra não pode caminhar em propriedade, terreno ou casa, que não foi indenizada, pois geraria problemas na Justiça.
O trecho da ferrovia no Ceará é constituído de 11 lotes e, até agora, está sendo feito apenas o primeiro, de Missão Velha até Aurora. Esse trecho possui 50 quilômetros e vai rumo ao Pecém, onde a via termina no Ceará. Tufi Daher prefere não afirmar em qual prazo a ferrovia será concluída no Estado, mas destaca que está trabalhando para impulsionar a obra.
A obra toda custará cerca de R$ 5,4 bilhões, sendo R$ 1,5 bilhão para o trecho do Ceará. Para Daher, o preço da rodovia é considerado barato, pois o custo médio de um quilômetro no Brasil é de R$ 5 milhões e ele está fazendo por apenas R$ 2,9 milhões para a Transnordestina. O presidente lembra que a obra total hoje tem cerca de 11.300 trabalhadores e quando o trecho da ferrovia no Ceará estiver a pleno vapor, esse número poderá chegar a 17.000.
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