No último dia do I Curso TAV – Formação em Alta Velocidade, os palestrantes falaram sobre sistemas de segurança, aspectos econômicos, características, demanda, gerenciamento e também sobre o futuro dos trens de alta velocidade. Entre os principais pontos destacados dos trens operantes no mundo, os representantes ressaltaram a rapidez, pontualidade e qualidade do serviço oferecido.
José Anguita, diretor internacional da INECO, comparou o trem de alta velocidade espanhol com o futuro TAV brasileiro. Entre as principais diferenças, ressaltou a operação, que na Espanha é pública e será privada no Brasil, e o investimento, que no Brasil será divido entre o BNDES e o setor privado e, na Espanha, é quase que inteiramente público. Portanto, os riscos na construção são maiores no País, já que no país ibérico são totalmente assegurados pelo governo, enquanto no TAV brasileiro estuda-se o financiamento de apenas R$ 11 bilhões – do montante de R$ 34 bilhões orçados para a obra.
Para Anguita, os riscos do projeto são mais preocupantes que a questão da demanda de passageiros, que deverá ser grande. “Seria mais fácil se pelo menos os riscos das construções dos túneis no Rio e em São Paulo fossem assumidos pelo governo”, declarou o palestrante. Ele também afirmou que o desinteresse dos concorrentes pelo leilão, que foi adiado para abril, é decorrente da falta de garantias do governo federal.
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O I Curso TAV – Formação em Alta Velocidade foi realizado entre 1º e 3 de março, na cidade de São Paulo, e contou com a presença de palestrantes renomados do setor internacional de alta velocidade. Para conhecer mais sobre os convidados que fizeram parte do evento, acesse a programação completa.
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