Governo de Mendoza autoriza Vale a retomar obras

O governo da província argentina de Mendoza autorizou a Vale a retomar as obras do projeto de Rio Colorado, para exploração de potássio na região. Segundo informações do portal oficial do governo de Mendoza, o secretário de meio ambiente da província, Pablo Gudiño, e o titular da secretaria de hidrocarbonetos, mineração e energia, Walter Vázquez, confirmaram que a mineradora apresentou um plano de investimentos de mais de US$ 2 bilhões, o que, de acordo com os secretários, permitirá o cumprimento dos acordos de contratação de mão de obra e de equipamentos locais, conforme negociado em 2009.


Procurada, a Vale confirmou as informações veiculadas no portal do governo de Mendoza.


“Com a apresentação do montante real dos investimentos no projeto e de seu desembolso ao longo do tempo, a província vai poder fazer frente ao controle e à auditoria do objetivo primário que temos de compra em Mendoza e de contratação de mão de obra local”, afirmou Vázquez.


Já o secretário de meio ambiente lembrou, segundo o portal do governo de Mendoza, que a Vale deverá apresentar, a cada quinze dias, informações sobre as licitações feitas e as planejadas pela empresa, enviar formulário de “Solicitação de Inscrição” para as empresas da província interessadas em participar das licitações e comprovar, em até 30 dias, o cumprimento do acordo que prevê utilização de 75% de mão de obra local.


“Hoje está abaixo desse índice, em cerca de 60% e nós exigimos que cumpram com o estabelecido no acordo”, ressaltou Gudiño, acrescentando que a empresa deverá colocar em funcionamento a Unidade de Gestão Ambiental.


A previsão da mineradora brasileira é de que a primeira fase de Rio Colorado fique pronta até 2014, com produção anual de 2,4 milhões de toneladas de potássio. Além da mina, a primeira fase prevê a construção de quase 800 quilômetros de ferrovia, que atravessará cinco províncias argentinas até o terminal marítimo – também novo – em Baía Blanca.


A Vale prevê ainda uma segunda fase, prevista para 2017, com a elevação da produção para 4,3 milhões de toneladas por ano.

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