O Brasil precisa de investimentos de R$ 151,2 bilhões para atender a necessidade do país no segmento ferroviário com novos projetos. A estimativa é da Confederação do Nacional do Transporte (CNT) que apresentou, ontem, o resultado de uma pesquisa voltada para o setor. Do total desse investimento, R$ 76 bilhões seriam para a integração da malha nacional e outros R$ 74,4 bilhões para os projetos urbanos nas principais cidades do país.
O presidente da Sessão de Transportes Ferroviários da CNT, Rodrigo Vilaça, disse que metade dos investimentos em novos projetos deveria ser feita pelo próprio governo. No entanto, o setor privado deverá arcar com até 70% do total.
O levantamento da CNT analisou os 13 principais corredores de cargas do país, considerando o histórico de 2006 a 2010. Nesse período, a quantidade de carga transportada pelo modal ferroviário saltou de 404,2 milhões de toneladas úteis (TU) para 470,1 milhões de TU, o que corresponde à expansão de 16,3%.
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A produção ferroviária cresceu de 232,2 bilhões de toneladas por quilômetro útil (TKU) para 278 bilhões de TKU, registrando alta de 19,9% entre 2006 e 2010. Vilaça, que é também o presidente da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), disse que a o Brasil já é o sétimo país em produção ferroviária.
O estudo informa que setor privado investiu R$ 24 bilhões desde 1997, quando ocorreram as primeiras concessões, enquanto os investimentos públicos somaram R$ 1,3 bilhão no mesmo período. Para 2011, é estimada uma aplicação de R$ 3 bilhões na malha.
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