As famílias das vítimas do acidente do Once, que completou um ano ontem, fizeram uma cerimônia em que o governo nacional foi amplamente criticado.
“Não foi uma fatalidade nem um acidente, mas sim um crime social longamente anunciado, causado pela corrupção na concessão das linhas férreas”, disse o ator Manuel Callau, que leu um documento na ocasião.
A tragédia do acidente de trem que custou a vida de 52 pessoas e deixou mais de 700 feridas ainda não está completamente esclarecida.
Nas últimas semanas, a Justiça determinou que 30 pessoas irão a julgamento, entre elas membros do governo e da empresa que operava a linha.
O acidente teria sido causado por uma falha no freio do trem, segundo investigação inicial. A linha é operada pela empresa TBA, desde que o governo Carlos Menem (1989-1999) iniciou o processo de privatização dos meios de transporte.
Familiares das vítimas acusam o governo nacional de não se responsabilizar pelo desastre. Na ocasião, a presidente Cristina Kirchner não se pronunciou e viajou imediatamente à Patagônia. Dias depois, o secretário de Transporte, Juan Pablo Schiavi, pediu demissão devido às pressões. O governo anunciou que entraria na causa como parte afetada.
O episódio marcou o início da queda da popularidade da presidente, que até então vinha com mais de 40% de aprovação.
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